Os trabalhadores da Telemont de Mato Grosso, que prestam serviços para três operadoras Vivo, Claro e Oi, estão na expectativa de que o Sinstal (sindicato das empresas prestadoras de serviço) faça uma nova proposta na negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2017/2018.
Eles paralisaram as atividades por dois dias, fizeram uma carreata pelas ruas de Cuibá e depois suspenderam o movimento diante da realização das audiências nos processos.
A audiência de conciliação, que aconteceu no dia 04/08, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT) nos dois processos de dissídios coletivos – um de Greve (abusividade) proposto pela Telemont e outro de Greve, mais de Natureza Econômica, feito pelo Sinttel-MT, não chegou a um consenso.
A desembargadora Eliney Bezerra Veloso, vice presidente do TRT-MT, remarcou a audiência para o dia 18/08 para que o Sinstal possa consultar as empresas sobre uma nova proposta de negociação salarial.
No dia 04/08, o Sinttel-MT participou de outra audiência, na 8ª Vara Justiça do Trabalho de Cuiabá para tratar a alteração da Jornada de Trabalho que foi realizada pela Telemont, sem discussão com o Sindicato e os trabalhadores. Técnicos alegaram que foram coagidos a aceitar a mudança de horário, mesmo não concordando com a mesma. Os trabalhadores terão que trabalhar os sábados o dia inteiro, além do não recebimento das horas extras e seus reflexos.
Para o presidente do Sinttel-MT, Rodinei Ramos Penha disse classificou a nova jornada de massacrante e que os trabalhadores ficarão exaustos, pois as atividades principalmente de campo são desgastantes fisicamente.
O SINTTEL-MT não concorda com essa mudança de horário, pois segundo o relato dos trabalhadores, muitos superiores imediatos ameaçavam os trabalhadores de demissão, caso não concordassem e assinassem o termo aditivo ao contrato de trabalho que altera horário da jornada de trabalho.
Veja como foi essa briga pela manutenção da escala “semana espanhola”, no ES.