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Vivo tem 103 mil terceirizados no Brasil

10/08/2011 - 9h13 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Marcelo Barbosa Corrêa, gerente de RH da Vivo, esteve no Encontro Nacional da Fenattel, na manhã da quarta-feira (10) e explicou o processo de fusão da empresa com a Telefônica. Ele afirmou que haverá demissões e que os ajustes visam dar dinamismo à nova empresa.

Os sindicalistas sabatinaram o gerente que afirmou estar aberto às negociações e a discutir os problemas nas relações de trabalho, decorrentes da fusão das empresas de telefonia. Ele respondeu perguntas sobre garantia dos empregos e demissão, terceirização, call center, assédio moral, como ficam a equiparação dos direitos dos trabalhadores nas empresas e transição de contratadas.

A plateia, receosa, viu um cenário difícil para os trabalhadores. Há uma lista de 26 “pendências” a serem resolvidas entre os sindicatos e a nova empresa, já que os acordos coletivos garantem direitos e benefícios diferentes para empregados, que agora estão no meio da fusão.

A Vivo tem 103 mil trabalhadores terceirizados, contra 20 mil primarizados (do quadro próprio) mas, segundo Marcelo, haverá demissão, uma vez que com a junção dos negócios, ocorrida em maio, existem setores duplicados como RH, Compras, Administração. Outro problema, é que a mais de um ano, a Vivo acabou com a terceirização das lojas, mas que agora a empresa tem novamente lojas terceririzadas, modelo adotado pela Telefônica. “Isso precisa ser definido”, disse o gerente de RH.

Sobre terceirização, o gerente afirmou que “não haverá contratação de novos terceirizados, pois mais do que já existe (103 mil), é difícil de administrar. A fusão trouxe 60 mil terceirizados na Telefônica e somou com os 40 mil na Vivo. Desses, 15 mil pessoas são do call center da Atento e que trabalham nas operações da telefônica”.

Gerências de terceiros

A empresa criou uma gerência para cuidar da mão de obra contratada e está acompanhando o desenrolar da decisão do TST que envolve a TIM e a terceirização de call center como atividade fim. Marcelo disse que enquanto não houver uma decisão final, a empresa vai continuar neste modelo. “Se mudar a regulamentação dessa matéria, a empresa vai se adequar. Mas é um tema controverso no judiciário.

Um diretor do Sinttel Rondônia reclamou que na Vivo de sua cidade há um grande número de casos de assédio moral. Marcelo afirmou que nova empresa instalará um comitê de princípios de atuação, que acolherá as denúncias, investigará e punirá se for comprovado. Também em Rondônia, está havendo problemas com a transição de contratadas. Segundo o diretor, a contratada que vai sair não quer pagar o reajuste salarial, porque está saindo e a que está entrando não se responsabiliza pelo prejuízo dos trabalhadores.

Marcelo disse que esse é um problema recorrente. Deu como exemplo a saída da Relacom na Telefônica recentemente. Ele reconhece que a Vivo é solidária nos passivos trabalhistas e pediu a colaboração dos sindicalistas para o que ele chamou de 26 diferenças entre os acordos coletivos da Vivo e da Telefônica. Também quer antecipar as discussões do acordo coletivo para setembro. A data base é 1º de novembro.

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