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3ª reunião de Negociação do ACT

Vivo fala em 7%, parcelado. Trabalhadores querem INPC integral

28/07/2022 - 12h49 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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A negociação com a Operadora Vivo não avança na reposição integral da inflação (INPC) nos salários e benefícios dos seus de 30 mil empregados. É uma contradição ao mesmo tempo em que a maior operadora do país “apresenta aceleração de receita e forte geração de caixa, no segundo trimestre do ano, faturando mais de R$ 11,8 bilhões, alta de 11,1%, também influenciada pela chegada de novos clientes móveis da Oi”. (fonte: press release Telefonica).

A terceira telerreunião de negociação do Acordo Coletivo, realizada na manhã desta quinta-feira (28), entre a Comissão de Trabalhadores da Federação Livre e a Telefônica/Vivo não evoluiu.

A própria defesa da proposta apresentada aos trabalhadores, pelos representantes da empresa, é um contrassenso, pois eles frisaram a que Vivo está contratando trabalhadores, ampliando os negócios, aumentando os investimento na operação em 6,2% (R$4,5 bi), blá, bla, fechando esse trimestre com a maior base de acessos da América Latina. Se tá tão bom, porque deixar os seus “colaboradores” à mingua?  Por que não adiantaram a parcela da Participação nos Resultados?

A Federação LiVRE se posicionou contrária às pretensões da empresa, alertando que não será possível levar uma proposta para assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras se não houver :

Uma nova reunião está marcada para às 10 horas de segunda-feira, dia 01 de agosto.

Respeito 

A operadora apresentou algumas mudanças na sua proposta anterior. Porém, o momento exige mais compromisso com os trabalhadores, pois a situação econômica do país, como custo de vida nas alturas, desvalorização do poder de compra dos salários, aumento de preços, principalmente dos alimentos, energia, combustível, gás de cozinha, 30 milhões de famintos entre outras dificuldades, necessita de mais atenção da empresa. E apesar de cobrada, a Vivo condiciona pagar o adiantamento do PPR, sempre feito no meio do ano, à aceitação de sua proposta de acordo coletivo.

Para o presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann, “a proposta da empresa é raquítica diante do tamanho e da robustez da Telefônica Vivo. É inconcebível nessa altura da crise que enfrentamos”.

Acompanhe a contraproposta da Vivo

Reajuste salarial, sem faixa de salário: 

Sobre o salário de agosto/22: 7% de reajuste, sendo 3% em dezembro/22 e 4% em agosto/2023. (A inflação anual medida pelo INPC do IBGE até junho foi de 11,92% . Há 11 meses a inflação no Brasil está acima de 10%).

Abono Salarial

— 50% do salário, limitado entre R$ 1.200 e R$ R$ 3 mil.

VR/VA, auxílios e demais benefícios:

—  6% em setembro/22 – data base 

Auxílio Creche/Babá especial – 

— Reajuste de 6% em setembro/22

Auxílio Especial

Cesta básica equipe de campo: 

Incorporar 55% do valor atualmente pago ao salário em janeiro/2023.

A empresa quer reduzir esse valor sob o argumento de que incorporando ao salário do trabalhador de campo, aumentará seus encargos sociais. 

Complemento do VR/VA: equalizar os percentuais e períodos para os afastamentos (auxílio-doença e acidentário) em todos os segmentos numa regra única. 

A Vivo quer pagar 20% do valor do auxílio-alimentação por  4 meses para todos que se afastarem por auxílio doença ou acidente pelo INSS.

13º salário: adiantamento conforme legislação

Metade em 30 de novembro e a outra nas férias.

Plano médico: discussão sobre coparticipação e renovação do aditivo da Lei 9.656/98  para os inativos. 

A empresa quer reajustar a coparticipação para o item INTERNAÇÃO, que hoje é de R$ 120  para R$ 180,00.

Locação de veículo agregado: manter como está.
Homologação: somente virtual
Teletrabalho:

Manutenção das atuais condições dos Acordos vigentes com os sindicatos e sem reajuste. A empresa só quer rediscutir  os acordos de teletrabalho em agosto de 2023.

Manutenção das demais condições, exceto cláusula de manutenção dos postos de trabalho e ajustes de outras devido às alterações de Leis e/ou Portarias.

No acordo coletivo de 2020/2022, Os sindicatos da Federação LiVRE garantiram que a empresa manteria os postos de trabalho. Esse ano a empresa veio com a proposta de não mais garantir a empregabilidade, mesmo diante de uma taxa descomunal e absurda de desempregados, com 30 milhões de famintos no país.

PPR 

Mantida a proposta da reunião anterior do Programa de Participação os Resultados (PPR/2022) com Target  e modelo iguais aos do ano de 2021, alterando apenas um indicador, com o atrelamento do pagamento da antecipação somente quando os trabalhadores aceitarem o acordo.

 

 

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