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Proposta para o ACT 2026

VIVO: 4,05% em AGOSTO do ANO QUE VEM para os salários e VA/VR

06/10/2025 - 18h49 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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Na mesma vibe da TIM e CLARO, Telefònica VIVO oferece reajuste inferior ao INPC para o próximo ano, mas que deveria vir em setembro (data base). Em troca, acena com abonos para compensar esses 12 meses de atraso no reajuste dos salários e do VA/VR. A proposta não foi aceita e novas reuniões foram agendadas para os dias 16 e 17 de outubro.

Na terceira rodada de negociações entre representantes da VIVO e a Comissão de Negociação da Federação LiVRE, realizada na sexta-feira (03/09), a proposta melhorada, em relação à anterior, foi considerada insignificante, diante das reivindicações apresentadas na Pauta enviada no mês de agosto.

A proposta da empresa prevê reajuste salarial de 4,05% apenas em agosto de 2026, e para compensar o não reajuste na data base, a empresa propôs um abono correspondente a 50% do salário nominal com valor mínimo de R$ 1.600.

Reajuste de 4,05% no VA/VR em agosto/26, com pagamento de um abono extra correspondente a 44,5% da carga mensal no mês de novembro/25.

Em relação aos demais benefícios, a VIVO ofereceu também reajuste de 4,05% em março de 2026, sem qualquer retroatividade.

A empresa veio com propostas de mudar o plano de saúde e a jornada de trabalho para o pessoal de campo e apoio do administrativo.

Assistência à Saúde – cláusula 12 do atual acordo coletivo: a VIVO quer mudar o parágrafo sexto, podendo adotar pagamento para dependentes; parágrafo terceiro, onde a partir de janeiro de 2026 ninguém poderá mais mudar de plano para categoria superior. Ela quer inserir o parágrafo décimo, que se a Vivo ou a operadora do plano constatar utilização inadequada, poderá excluir o empregado e os dependentes e ainda punir administrativamente e judicialmente.

A Comissão enfatizou que não aceitará nenhuma mudança nesta cláusula.

ESCALA ESPANHOLA

A VIVO propôs adotar a escala espanhola para atividades de campo e administrativo (apoio de campo). Essa escala, funciona assim: escala de trabalho 40x48h, um sistema de compensação de horário onde se trabalha 40 horas em uma semana e 48 horas em outra, totalizando 44 horas semanais em média.

HOMOLOGAÇÃO NOS SINDICATOS

A empresa propõe que se a homologação de rescisões de contratos não ocorrer em cinco dias uteis do envio dos documentos pela empresa ao sindicato, que será feita sem a supervisão dos sindicatos. A Operadora quer tirar essa obrigatoriedade pois “os sindicatos não retornam com a documentação em tempo hábil, segundo a fala do gerente de Relações Trabalhistas.

Uma lorota! Quantas vezes a secretária do Sinttel-ES tem que ligar para a VIVO e pedir a empresa para marcar a homologação, pois os trabalhadores cobram do sindicato.

PISOS SALARIAIS

A comissão pediu que a empresa olhe para os valores dos pisos praticados, pois é uma vergonha uma empresa desse porte pagar pouco mais que o salário mínimo vigente. E como a proposta dela é postergar o reajuste para o ano seguinte, os pisos não são reajustados na data base. E em janeiro o Salário Mínimo sobre e o pisos na VIVO não acompanham, são desvalorizados.

ATESTADO MÉDICO

A VIVO propôs aos sindicatos tonar sem validade os atestados médicos/odontológicos apresentados após a comunicação da demissão.
O diretor do Sinttel-ES, Reginaldo Biluca, argumentou que as pretensões da VIVO cada dia são mais desumanas, pois a empresa adoece o trabalhador e depois quer um cheque em branco do sindicato pra demitir trabalhador doente.

Para os dirigentes da Federação LiVRE, a proposta está muito longe das expectativas dos trabalhadores e não recompõe as perdas acumuladas pela inflação que somam 5,05% no período.

Os sindicalistas destacaram que os trabalhadores seguem mobilizados e exigem que a empresa apresente uma proposta mais justa e compatível com os lucros bilionários que a VIVO registra no país.

Uma nova rodada de negociações já ficou agendada para os próximos dias 16 e 17 deste mês, a Federação LiVRE reafirma que continuará pressionando a empresa até que os direitos da categoria sejam respeitados.

Comissão de Negociação da Federação LiVRE: Reginaldo Biluca (ES), Evaniel Brito (RO), Yeda Paura (RJ), José Anchieta (PE), Geraldo (RJ) E Roberto Willhame dos Santos (AM) Ouvintes: Margareth Maloney (RO) e Alexandre Freitas.

 

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