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VGA – empreiteira da Embratel atrasa salários desde março

20/04/2012 - 9h19 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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Parados desde quinta-feira (19), os trabalhadores da parte operacional da VGA Informática, localizada em Maruípe – terceirizada da Embratel -, cobram o pagamento do salário atrasado do mês de março. Assembleia na manhã desta sexta-feira decidiu pela continuação do movimento.

Os mais de 50 trabalhadores e trabalhadoras da parte operacional da VGA Informática, empresa prestadora de serviços na planta externa da Operadora de telefonia Embratel, continuam paralisados à espera de uma solução quanto ao pagamento dos salários, atrasados desde o mês de março.

Na quinta-feira (19), pela manhã, o Sinttel, representado pelo seu presidente, Nilson Hoffmann, intermediou uma negociação com a gerência da empresa, mas sem sucesso, já que a VGA alega problemas burocráticos para o atraso no pagamento.

Diante disso, os empregados continuaram de braços cruzados, pois a empresa adiantou, em conversa com o Sinttel nas primeiras horas de hoje, sexta-feira, que ainda não conseguiu o empréstimo para saldar as dívidas com os trabalhadores.

O diretor do Sinttel, Wilson Leão, conta que na VGA os atrasos no pagamento são constantes. “Segundo soube por um auxiliar técnico de instalação, que trabalha na empresa desde dezembro de 2010, ela só pagou os salários na data correta (até o 5º dia útil do mês) em dezembro/2011 e janeiro de 2012. Os outros meses tiveram atrasos de 5 dias ou mais”, contou o diretor.

Os problemas relatados pelos trabalhadores, reunidos em assembleia, são vários. Segundo eles, têm muitos empregados que saíram de férias e que não receberam obeneficío e nem o salário do mês. Retornaram e também estão sem receber os salários do mês de março.

A insatisfação e a revolta dos empregados, além dos contantes atrasos, reside no fato de que a empresa é muito dura quando o empregado falta ou chega atrasado. “Para descontar do contracheque do empregado a empresa é rápida.

Porém, não cumpre com suas obrigações, quando ficamos sem as diárias para comer e pernoitar no interior”, reclamou um técnico

“Antes a gente recebia R$ 50 para comer e dormir quando viajávamos para atender aos chamados no interior. Agora não recebemos nada. Quando a gente está lá na cidade, a empresa deposita R$ 10 no cartão para gente jantar. O problema é que de noite não tem restaurante self-service e tudo é mais caro. E sem dinheiro para poder escolher um hotel ou pousada, a empresa é quem decide onde vamos dormir. Noutro dia, ficamos em 11 colegas num albergue onde só tinha um banheiro. Foi tenso!”, revelou um técnico.

Eles contam que o plano de saúde está com três faturas atrasadas, apesar de a empresa descontar no contracheque a parte do empregado. Ou seja, a empresa fica com o dinheiro dos empregados referente ao pagamento do plano de saúde, mas não repassa à empresa que opera o plano. “ Por duas vezes o cartão não passou quando fui consultar.

Perguntei e a moça do plano falou que o pagamento estava atrasado”, disse um empregado, acrescentando que a VGA cancelou o plano odontológico e nem avisou aos empregados.

Mas os problemas se acumulam, assim como as tarefas de dirigir os veículos da empresa, pelas rodovias do interior afora, e prestar os serviços de lançamento de rede e acesso de dados e telefonia, projetos de rede com cabo de fibra óptica e metálica, ativação, vistoria. “Não recebemos nada para dirigir, mas pagamos quando há multas de trânsito. Já vi a empresa descontar três de um colega”.

O Sinttel vai aguardar até esta segunda-feira, dia 23, para cobrar da VGA o pagamento dos salários atrasados. “Caso não seja feito o acerto com os trabalhadores, acionaremos o departamento Jurídico do Sindicato para ingressar com uma ação judicial pedindo o bloqueio das faturas que a empresa tenha a receber da Embratel, objetivando quitar a dívida com os empregados.

O Sinttel vai pedir também a responsbilização solidária da contratante, a Embratrel, uma vez que ela tudo vê e permite que essas irregularidades aconteçam com os trabalhadores terceirizados sem que tome providências para impedir que suas contratadas pratiquem tais atos impunemente.

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