A assembleia será no dia 18/11/2016, às 8 horas, na Praça do Papa, conforme ficou acertado com a categoria na sexta-feira passada, dia 11.
Cumprindo os prazos da Lei nº 7.783 de 28/06/1989 Lei do Direito de Greve para atividades consideradas ESSENCIAIS- como é o caso do setor de telecomunicações – o Sinttel/ES publica, nesta terça-feira, dia 15, no caderno de Classificados de A Tribuna, o Edital de Convocação de Assembleia de greve para os Trabalhadores da Telemont no ES, prestadora de serviços da Oi.
Ainda conforme os prazos estabelecidos no Estatuto do Sindicato, são 3 dias para convocação de Assembleia que decidirá se haverá greve. Se for deliberada a paralisação, publica-se novo edital, no sábado dia 19, avisando à Telemont e toda a população do Estado que haverá greve geral, que só poderá começar 72 horas (3 dias) depois desse aviso, conforme determina a Lei de Greve. Desta forma, a paralisação dos serviços deverá acontecer após do dia 22 de novembro.
Todo esse cuidado em fazer o movimento dentro dos limites impostos pela Lei, protege os trabalhadores e o Sindicato. A desobediência implica na decretação de ilegalidade do movimento, acarretando prejuízos para os trabalhadores e o Sinttel-ES.
São muitas as reivindicações, mas s Telemont ainda tem a chance de evitar a greve. É só largar de picuinha e pagar o reajuste aprovado na Convenção Coletiva (CCT): 5% em Setembro e + 5% em dezembro, reajustar o aluguel dos carros, tíquete e pagar a PPR. Essas demandas são urgentes. A empresa precisa cumprir a Convenção Coletiva que está assinada pelo Sinstal, o Sindicato patronal do qual faz parte a Telemont. Ou seja, o Sindicato dela negocia com o Sinttel-ES, fecha o acordo, os trabalhadores aprovam, mas a Telemont não cumpre.
Desde agosto de 2015 que a Telemont vem numa queda de braço com o Sinttel-ES sem pensar no que está causando aos empregados. A birra da empresa começou quando, diante de um impasse na negociação coletiva de 2015, a empresa teve sua proposta recusada em assembleia e o Sinttel entrou na Justiça do Trabalho com uma ação de cumprimento da Convenção Coletiva das Prestadoras de Serviço 2015/2016 – que já tinha sido fechada com o Sinstal. O Sinttel recebeu o aval da categoria para tomar essa decisão, diante das vantagens da CCT diante do Acordo que a Telemont propunha.
Essa convenção coletiva estabelecia pisos salariais por função bem mais vantajosos que os do acordo da Telemont.
A empresa vem adiando o reconhecimento da Convenção Coletiva, inclusive a desse ano que foi negociada pelo Sinttel.
A Telemont preferiu recorrer de todas as decisões que o Sinttel ganhou na Justiça do Trabalho ao invés de pagar o reajuste e aplicar os novos pisos salariais por função.
E esta é a grande frustração da categoria, que vem penando sem os reajustes que a empresa aplica em vários estados onde ela opera a planta externa da Operadora Oi.
Fora a questão do arrocho salarial, que é grave, tem o problema do aluguel dos veículos agregados. Há dois anos não há reajuste desse aluguel.
A empresa também não quer negociar o pagamento de PPR, da RV e cumprir a escala de trabalha “Semana Espanhola”, em que os empregados trabalham (48h) e na seguinte (40h).