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Negociações coletivas na TIM

TIM propõe congelar salários e benefícios por 2 anos e sem PPR

21/08/2020 - 10h13 - Sinttel-ES - Tania Trento
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20/08/2020 – 18h08 – Federação Livre – Redação

A quarta reunião virtual de negociação coletiva da Federação Livre com a TIM, nesta quinta-feira (20), chegou à parte econômica com apresentação de um balanço da situação da empresa, que foi impactada pela pandemia da Covid-19.

Sua proposta econômica é de manter os salários e benefícios congelados por 2 anos, sem PPR e nem garantia de empregos, o que foi meio frustrante para os/as trabalhadores/as, que mantiveram os serviços funcionando e esperavam o reconhecimento por todo o empenho na pandemia. A TIM não se mostrou pronta pra recuperar o poder de compra dos salários.

Reunião virtual com a operadora TIM.

Porém, atendendo a uma das reivindicações da pauta aprovada pelos trabalhadores, a operadora se debruçou em estabelecer regras para o Teletrabalho que será analisada pela Comissão e a assessoria jurídica para ser rediscutida na próxima reunião, marcada para o dia 27, às 9h.

Depois de várias argumentações, a Comissão de Negociação da Livre rechaçou a proposta da empresa, pois sem reajuste nos salários e benefícios e uma proposta para o PPR não há como levar à apreciação da categoria.

Sem chororô

A TIM largou na frente, entre as operadoras, sendo a primeira nesta campanha salarial a garantir a data base de 1º de setembro e de topar fazer um Acordo por 2 anos, atendendo a duas propostas da pauta de reivindicações. “Porém, após 4 reuniões, as conversas discorreram em torno das cláusulas sociais do Acordo, que não são menos importantes, mas neste momento de incertezas garantir os empregos e a renda dos empregados é ponto primordial para a negociação”, destaca o coordenador da comissão e diretor de Comunicação da Federação Livre, Nilson Hoffmann.

Para ele, o argumento da perda na receita de serviço de 3,4%, da projeção da queda no PIB de 5,77% e a incerteza do mercado quanto à recuperação da empresa aos patamares de antes da pandemia, devido ao desemprego,  não justificam o reajuste zero nos salários e benefícios.

“Os números apresentados na reunião sobre os investimentos da operadora- 20% da receita líquida-, a redução dos custos com os empregados devido à redução de salários e suspensão de contratos garantidos pelas MPs do governo e a economia com o deslocamento de quase todos os funcionários para o regime de home office são sinais de que a empresa está se superando”, destaca o coordenador.

Outro fato que não convence para que a empresa não faça uma proposta econômica razoável, em razão da crise, e que garanta a renda e os empregos é que a TIM junto com a Claro e a Vivo já ofertaram um caixa de R$ 16,5 bi para a compra da parte Móvel da Oi.

A Comissão de negociação da Federação Livre está atenta e não abrirá mão de esgotar as possibilidades para conquistar todos os itens da pauta única aprovada na assembleia do dia 29 de julho: manutenção dos  empregos, reajuste de salários e benefícios, PPR, manutenção do atual Acordo Coletivo (ACT) por 2 anos, com garantia da data base – 1º de setembro-, regras para regulamentar o trabalho em home office, saúde e segurança no ambiente de trabalho.

A comissão da Federação Livre na TIM é composta por Nilson Hoffmann (Sinttel-ES) – Serginho (SinttelRio), João Alberto (Sinttel-CE), Gilberto Pirajá (Sinttel-RN)  e José Félix (Sinttel-PE).

A Federação Livre mantém um canal de comunicação nesta campanha  livre@federacaolivre.org.br. Todas as informações e boletins informativos estarão à disposição no site e nas redes sociais

     

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