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Desvalorização

TIM oferece INPC integral (10,42%) só para 40% dos seus trabalhadores

25/10/2021 - 12h54 - Sinttel-ES - Tania Trento
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25/10/2021 – 9h50 – Federação Livre – Redação

A proposta da TIM de reajuste salarial para o Acordo Coletivo de 2021 além de ruim, não é justa. A Operadora resolveu dar mais para uns e menos para outros, prejudicando a maioria (60%) dos/as empregados/as. A Federação LiVRE rejeitou os índices, abono e reajustes propostos, reafirmando que a reivindicação é o INPC Integral de 10,42% em setembro e para TODOS/AS. 

Em cima: José Luiz Froes e Grazielle Viggiano (TIM), Serginho (Sinttel-Rio), João Alberto (Sinttel-CE) José Félix (Sinttel-PE) Gilberto Pirajá (Sinttel-RN), Luis Antônio Silva (Sinttel-Rio), Marcelo Curvelo (TIM)  e Nilson Hoffmann (Sinttel-ES).

A quarta telerreunião, realizada entre a Comissão de Negociação da Federação LiVRE e os representantes da operadora italiana, durante todo este dia 22/10, revelou um cenário preocupante para os trabalhadores.

A TIM fez uma proposta em que divide quem será valorizado no quadro de funcionários. Ela oferece INPC integral de 10,42% para pessoal de Lojas e Call Center, a ser pago em dezembro. Para os  e os demais empregados técnicos e administrativos ela oferece 6% a ser pago em maio de 2022.

Qual o critério adotado para eleger quem é mais importante dentro da empresa?

A proposta é ainda pior quando a TIM estabelece abono de  1 (um)  salário nominal com TETO de R$ 8 mil, aumentando o prejuízo daqueles que não teriam a reposição total do INPC que atinge 60% dos/as empregados/as.

Ao final da matéria, apresentamos a proposta para os benefícios. É uma sopa de índices diferenciados,  demonstrando como a empresa trataria seus trabalhadores nas Lojas, Atendimento, Administrativos e Gerência.

Mas não é tudo. Pra fechar a colcha de retalhos econômica, a TIM antecipou, para essa negociação, o PPR 2023 que deveria acontecer só no ano que vem. O Objetivo da empresa é tentar uma compensação para aqueles que, na sua proposta, não teriam o reajuste integral do INPC. Porém, não compensa.

Proposta rejeitada

A Comissão da Federação Livre, que representa os sindicatos no  AM, CE, ES, PE, RJ, RN e RO, coordenada pelo presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann, rejeitou a proposta da empresa.

Segundo Hoffmann a proposta econômica não atende a reivindicação principal que é a reposição das perdas salariais até a data base, 1º de setembro, de 10,42% para TODOS os trabalhadores e trabalhadoras e, não somente para 40% do quadro de pessoal.

“No ano passado, a TIM não fez nenhum reajuste salarial. Concedeu um abono. No ano retrasado, a empresa deu um reajuste escalonado que foi aplicado ao longo de 2020 e novamente fez um abono. Portanto, os salários vem perdendo poder de compra e os trabalhadores poder aquisitivo a bastante tempo”, analisou o coordenador.

O gerente de Relações Sindicais na TIM, José Luiz Fores, alega que o índice de inflação surpreendeu a empresa e essa é a grande dificuldade da negociação.

O presidente da Federação LiVRE, Luis Antonio Souza da Silva afirmou que compreende as dificuldades impostas pela  inflação alta, mas que os trabalhadores não têm culpa.

“Aliás, disse Luis, os trabalhadores são os que mais sofrem e precisam de um reajuste adequado, que recupere o poder de compra dos salários”.

Para Hoffmann, a proposta atende a uma parte dos trabalhadores (40%) e os sindicatos não podem aceitar que a empresa acene com uma proposta que privilegie parte dos funcionários.

“A Operadora vive um momento de crescimento, lucro e investimento, conforme os resultados apresentados até agora”, destacou Nilson

PPR 2023 também não compensa

Tentando melhorar sua proposta, a TIM resolveu negociar agora o PPR do ano que vem, que seria pago em 2023.

“É uma uma operação que podemos chamar de ‘Robin Hood às avessas’”, explica NilsonPela proposta, aqueles que ganhariam menos agora, teriam uma compensação maior na Participação nos Resultados lá em 2023. Já aqueles que fossem privilegiados com um reajuste maior agora, perderiam na PPR/2023. Ou seja: a empresa dá agora e tira depois e vice-versa.

A PROPOSTA 

Reajuste salarial de 10,42% para o pessoal de lojas e teleatendimento em dezembro de 2021.

Reajuste salarial de 6% para os demais salários em maio de 2022 — Daqui a 9 meses, quando deveria ser em set/21.

Abono de 1 salário nominal em novembro de 2021 para todos, com teto de R$ 8 mil.

Benefícios

Reajuste só em maio de 2022. 

Trabalhadores no CallCenter – CRI-IV e atendentes especializados, inclusive supervisores  e Lojas (todos os trabalhadores, inclusive gerentes):

Executivos sênior, Managers e Administrativos em geral 

Auxilio reembolso medicamentos em rede credenciada –  R$ 200,00 para o grupo familiar (titular e dependentes do plano de saúde). Assim definidos  — 60% para a compra de remédios para doenças crônicas, saúde mental, e planejamento familiar e 20% para antibióticos, anti-inflamatórios, Gastro e demais patologias.

Fiberco

A empresa garante na sua proposta todos os direitos e benefícios do Acordo Coletivo de trabalho e do Programa de Participação nos Rsultados (PPR) aos trabalhadores da Tim SA que forem transferidos para a Fiberco.

A comissão da Federação LiVRE na TIM é composta por Nilson Hoffmann (Sinttel-ES) – Serginho (SinttelRio), João Alberto (Sinttel-CE), Gilberto Pirajá (Sinttel-RN)  e José Félix (Sinttel-PE)  e representa cerca de 4.600 trabalhadores/as na TIM dos estados do AM, CE, ES, PE, RJ, RN E RO.

A Federação Livre mantém um canal de comunicação  livre@federacaolivre.org.br. Todas as informações e boletins informativos estarão à disposição no site e nas redes sociais.

     

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