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Telemont muda plano de saúde e precariza atendimento

02/02/2012 - 8h10 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Trabalhadores da Telemont – empresa que presta serviços à operadora Oi no ES – estão indignados com a precariedade de atendimento do plano de saúde e odontológico Amil, recém-contratado pela empresa. Reclamações não param de chegar ao Sinttel dando conta de que não há médicos especialistas para atender aos trabalhadores. Segundo o diretor de Formação do Sinttel, Vanderlei Rodrigues, a falta de médicos acontece nos quatro cantos do Estado, principalmente nas cidades de Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Guarapari e São Mateus.

As reclamações surgiram a partir desse mês de janeiro, com a mudança do plano de saúde. “Antes, o plano que atendia era o Unimed participativo, que também não era lá essas coisas”, disse um empregado. “Agora, a situação pesou mais no bolso e piorou no atendimento”, completou ele. O trabalhador se refere ao preço pago por cada empregado e seus dependentes, que varia de acordo com a faixa salarial. Segundo ele, o preço da Amil é maior que o da Unimed.

Preocupado com a situação, o presidente do Sinttel, Nilson Hoffmann levou o problema para o gerente de Relações no Trabalho da Telemont, Getúlio Cardoso Pinto. O gerente garantiu que essa situação será resolvida até o mês de março, mas que todas as reclamações devem ser feitas à Paula Vieira Caciano, responsável por resolver as demandas do plano de saúde Amil dentro da Telemont. O contato pode ser feito pelo telefone (27) 3218-3134 ou por e-mail paulav@telemont.com.br.

A Telemont contratou em dezembr/2011, em substituição ao plano da Unimed, outra prestadora de Plano de Saúde, a Amil, oferecendo aos empregafos um plano Participativo, denominado Standart I. E este é o principal problema enfrentado pelos usuários. Há poucos profissionais que atendem a esse tipo de plano. “A lista de médicos conveniados a Amil é extensa, mas uma minoria topa atender ao Standart I. Ou seja, poucos médicos se conveniaram ao plano que foi ofertado pela Telemont”, disse Vanderlei.

A decepção com o plano de saúde é grande, uma vez que a apresentação que foi feita – e que está num DVD distribuído aos empregados – é espetacular. “Parece que os problemas de saúde dos trabalhadores serão todos resolvidos, tão bacana é a apresentação. Só que fica nisso, é virtual. Na prática, não há médicos nos consultórios e quando se consegue algum ele atende numa clínica ou hospital, onde o valor da coparticipação é maior”, explicou o diretor de formação.

Os valores pagos pelo trabalhador na hora da consulta em consultórios é de R$ 18,00. Mas se o atendimento for feito em clínicas ou hospitais, ele aumenta para R$ 25,00. “Em Cachoeiro, por exemplo, de todos os cardiologistas do guia médico da Amil, somente dois atendem ao plano Standart I e estes só consultam no hospital. Mais mais gastos para o trabalhador que já paga caro pelo benefício”, disse Hoffmann.

A Amil sabe do problema e disse que tudo se normalizará em março. Na reunião que ocorreu em Jardim Limoeiro, em Serra no dia 24/01, para apresentação do plano de saúde, muitos trabalhadores questionaram o tempo que a empresa pede para normalizar o atendimento, uma vez que o pagamento da mensalidade será o mesmo nestes meses em que haverá falta de profissionais. Na ocasião, a empresa não aceitou reduzir os valores da mensalidade, proposto pelos trabalhadores, como uma forma de compensar a precariedade.

O Sinttel orienta aos trabalhadores e trabalhadoras a procurar a empresa por qualquer dificuldade enfrentada no atendimento do plano de saúde.

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