Recuperando prejuízos
Nem os trabalhadores da Telemont Engenharia de Telecomunicações, prestadora de serviços de rede externa para a Operador Oi e que receberam o processo em 2019, acreditavam. Mas o Sinttel e o seu Departamento Jurídico, à frente a Drª Renata Schmidt e o Dr. Ângelo Latorraca, levaram adiante a Ação de Cumprimento da CCT 2015/2016 que cobrava a aplicação de piso nos salários de 4 funções em todas as empresas: Instalador de LA, Cabistas 1 e 2, Técnicos Multiskill e ADSL. Esses pisos estavam estabelecidos a CCT, assinada com o Sinstal.
Demorou muito e uma multa de quase R$3 milhões sensibilizou a Telemont, empresa por onde a ação começou, a chamar para um acordo. A primeira proposta só contemplava 414 nomes. Uma semana depois, o Sindicato identificou que a empresa só relacionava os cabistas 1, deixando de fora os Cabistas 2, cujos pisos salariais pagos pela empresa também eram menores que aqueles estabelecidos na Convenção Coletiva 2015/2016. Portanto, tinham direito a integrar a relação de beneficiários da Ação.
Com a proposta na mão, o Sinttel-ES fez sua explanação em 12 assembleias com a categoria, um acordo foi feito em 2018, com Maria de Lourdes Aguiar, diretora de Gente na Telemont. O acordo estabeleceu, por concordância individual, uma vez que a ação era coletiva.
Com o canal de whats app do Sinttel, vieram mais trabalhadores e chegou-se a um total de 534 trabalhadores reconhecidos pela Telemont, com direito ao Acordo.
Foram 3 anos e meio de batalha judicial, até a empresa perder os 18º e 19º recurso na Justiça do Trabalho -“Agravo Regimental”-, negado por 12 desembargadores do Tribunal Pleno do TRT-ES e o “Recurso Extraordinário“, em Brasília. Foi uma vitoria fragorosa do Sinttel-ES contra o descaso, o desrespeito praticado à época pela empresa. Durante o pagamento o canal de WhatsApp do Sinttel-ES recebeu diariamente mais de 100 mensagens por dia.