Na ânsia de reduzir ainda mais os seus custos, usa o discurso de que a terceirização é para modernizar as atividades, passando-as para quem “entende do assunto”; é especializado no que faz. Ou seja, apela para uma velha forma conhecida dos trabalhadores em telecomunicações que, desde a privatização do setor a 15 anos, vivem sob a ameaça desta espada cruel. Afinal, na quase totalidade das vezes que ocorreu a terceirização, só um lado ganhou. E com certeza não foram os trabalhadores.
Na prática, essa tal “modernização” significa precarização mesmo, perda de vantagens e benefícios e a eliminação de vários postos de trabalho, por mais que a empresa tente convencer que agora é diferente, pois quem vai assumir é uma multinacional.
Essa mais recente atitude da Telefônica/Vivo mostra que este processo de enxugamento parece não ter fim nas empresas de Telecom. O que dá para ver claramente é a necessidade das empresas de mostrarem para o mercado que ela está “alinhada com as mais modernas práticas de governança corporativa” para que suas ações fiquem bem na foto das bolsas de valores e encham os bolsos dos executivos e acionistas.
Querendo fazer tudo na surdina, a Telefônica/Vivo não se dignou a informar para os representantes sindicais dos trabalhadores suas reais intenções e está anunciando somente internamente as novas medidas.
A FENATTEL já está ciente do caso e está exigindo reunião com a empresa, ainda esta semana. A intenção da FENATTEL é que sejam esclarecidos os motivos de tais medidas, em que condições esta terceirização vai ocorrer, quais as garantias que serão oferecidas e quantos trabalhadores serão envolvidos. Enfim, o tamanho desta nova investida da Telefônica/Vivo que tem como único objetivo ampliar os seus lucros.