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Regional dos desmandos

Ambiente tóxico na Telefónica/Vivo: Muito chefe para pouco índio

06/05/2024 - 18h57 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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O SINTTEL-ES tem recebido muitas denúncias e reclamações de trabalhadores e ex-trabalhadores/as na Vivo, regional ES. Os relatos começam com: “A empresa é ótima, mas a gestão é péssima!”

Foto: Freepick

“Ambiente autoritário, com cenas de abuso de poder, falta de respeito com a equipe e ameaças  são recorrentes: Você pode ser desligado!  Você está atrapalhando toda a loja com seu baixo desempenho! Palavras ditas por gestores da Telefónica/Vivo nas lojas de atendimento e vendas em todo o Estado.

Há quase um ano, exatamente no dia 13/07/2023, o Sindicato expôs ao gerente de relações trabalhistas da Telefónica Vivo no Brasil todos os problemas que trabalhadores/as enfrentavam à época. A diretoria do Sindicato apontou que a gerência das lojas no Estado vinham ultrapassando os limites do respeito ao corpo de funcionários.

O gerente da empresa Márcio Afonso, o assessor e consultor Marlon de Azevedo Comitre e Thiago Paes, respectivamente, estiverem na sede do SINTTEL-ES para uma reunião de estreitamento das relações trabalhistas que a Vivo vinha fazendo com vários sindicatos no Brasil. Ouviram tudo e se comprometeram em melhorar o ambiente de trabalho, corrigir os exageros, pois a empresa segue protocolos internacionais que primam por um ambiente de trabalho saudável e respeitoso.

Imagem: Freepick

Pelo tanto de denuncias que o SINTTEL vem recebendo não houve mudanças. Trabalhadores demitidos ou que pediram demissão relatam as dificuldades e os desafios vividos na lojas.

Segundo eles, a pressão excessiva, a constantes mudança de função, pedidos de retorno nas folgas, advertências, julgamentos sem ajuda, assédios, além de deixar o ambiente tóxico, vem causando doenças. Ansiedade e síndrome do pânico são as mais comuns. As causas apontadas são o medo das punições e as humilhações.

Um trabalhador, disse que o motivo de ter pedido dispensa foi porque na loja onde trabalhava tinha 10 caciques para cada índio.

“Chega uma hora que não se sabe mais quem manda, Gerente de Vendas (GV), Gerente Geral (GG) e Gerente de Apoio (GO). Um dá uma ordem e vem o outro e dá outra ordem. São gerentes sem gestão”, definiu ele.

Outra ex-trabalhadora disse que tinha uma expectativa alta em trabalhar na Vivo, porém, pediu demissão “pois a experiência foi muito frustrante”. Segundo ela, as advertências se assemelham às empresas de teleatendimento em que chove punição por qualquer motivo.

“As metas, apesar de serem altas, não incomodam. Mas a pressão psicológica é insuportável. A toda hora são lembradas: Metas na cabeça!”, relembrou a vendedora.

O ambiente nas lojas também mostra que há distinção e privilégios.

“As vendas canceladas são sempre passadas para os ‘queridinhos’, os preferidos da gerência”, denuncia um trabalhador. 

Os empregados informaram que fazem denúncias no canal próprio da empresa, mas não recebem retorno ou veem sinal de melhoria.
A intenção do sindicato não é penalizar ninguém, mas sim, alertar para uma gestão mais humanitária, impessoal e respeitosa, pensamos que isso não é difícil.

A direção do Sindicato está encaminhando ao gerente Márcio, um correspondência apresentando todas as denúncias, exigindo que esse clima, nas lojas próprias e revendas de todo o Estado, seja mitigado. Não é possível que em quase um ano nada foi feito para restabelecer o respeito ao ambiente de trabalho.

 

 

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