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Técnicos na Telemont têm o DIREITO de NÃO TRABALHAR na folga

19/07/2017 - 10h37 - Sinttel-ES - Tania Trento
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O gerente Operacional da Telemont no ES, Frederico Valério (Fred) foi questionado pelo presidente do Sinttel, Nilson Hoffmann, sobre as pressões dos supervisores e encarregados para que os técnicos trabalhem nas folgas e “esvaziem as caixas de reparos e de serviços”, que se acumularam devido às chuvas das últimas semanas.  Em telefonema, no início da noite desta terça-feira, 18/07, o gerente disse o seguinte:

“— A gente está pedindo que a pessoa dê uma força. Mas, para aqueles que se habilitarem. Quem não quiser vir, a gente está dispensando. Não é nada forçado (…) é ajuda mesmo, por causa da chuva. Nada é obrigatório. A gente está pedindo essa força”.

A determinação da gerência não vem sendo seguida por alguns chefes imediatos, já que o Sinttel vem recebendo denúncias de que os trabalhadores estão sendo ameaçados, caso se recusem a trabalhar nas folgas previamente estabelecidas na escala.

As chuvas prolongadas dos últimos dias tem acumulado serviços já que, por segurança, os técnicos não podem subir em postes e trabalhar próximo das redes elétricas. Há 6 meses aconteceu um acidente fatal com um técnico nessas condições.  E quando vem a estiagem, há uma corrida para atender às demandas por reparos e ligações na rede de telefonia.

É nesse momento que os supervisores e encarregados ligam para os técnicos  e informam que a folga está suspensa e fazem as ameaças, que pode vir como uma perseguição daquele momento em diante.

Diante dessa declaração do Fred e das denúncias que o Sinttel-ES vem recebendo dos empregados da Telemont, Nilson esclarece aos trabalhadores que:

“A empresa pode convocar os trabalhadores, dentro do espírito da COLABORAÇÃO. Porém, quem não puder, não quiser, seja por qualquer motivo, atender ao chamado da Telemont para trabalhar no dia da  folga, seja no sábado (escala espanhola) ou no meio da semana, pode declinar dessa convocação  que não haverá punição, pois, assim estará resguardado pela gerência operacional da Telemont”.

Esse tipo de problema acontece sempre, conta Nilson. “Toda vez que tem chuvas torrenciais, prolongadas acontece o que na empresa se chama ‘encher as caixas‘. Quando está chovendo a equipe técnica não pode desenvolver as atividades normalmente,  o que acaba acumulando serviços e reparos. Isso é uma constante, pois existe a pressão dos clientes da Oi, que querem ver seu telefone funcionando, o velox instalado, etc. Contudo, parou de chover, o que mais se ouve no ambiente de trabalho é: ‘Tem de botar a caixa em dia, diminuir as caixas cheias‘. Nunca se vê, no entanto, a contratação de uma equipe extra, para suprir a tal demanda”, reclama Nilson.

Aí vem as chefias: — Oh, sua folga vai ser suspensa, tem de trabalhar todo sábado, tem de diminuir a caixa. E fica o supervisor ligando para o técnicos, o que invariavelmente termina nas famosas ameaças, principalmente quando a resposta do técnico é: — Não posso, já tinha assumido um compromisso… é minha folga!

A orientação é a seguinte:

Quando os trabalhadores estiverem de folga, podem ser convocados a trabalhar. Mas a pessoa tem todo o direito de não aceitar. E os motivos não interessam. Seja porque está cansado; seja porque já agendou com a mulher para resolver um problema; seja porque tem horário marcado na oficina; tem um compromisso de família, um casamento ou, simplesmente, porque vai jogar bola, descansar. E o superior dele vai ter que entender a situação.

E, se algum caso exceder a essa orientação, os trabalhadores devem informar ao Sindicato onde está acontecendo e quem está se excedendo ´para que as providências serão tomadas. “Se tiver alguma coisa fora desse escopo, me passa, me aponta quem tá fazendo que tomarei as providências”, disse o gerente operacional.

 

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