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Sinttel-MT propõe Dissídio Coletivo contra a Telemont

18/07/2017 - 14h54 - Sinttel-ES - Tania Trento
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A greve dos trabalhadores na Telemont Engenharia de Telecomunicações no Mato Grosso está suspensa até o dia 04/08, quando haverá,  no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT) a 1ª audiência no processo de dissidio coletivo de natureza econômica, proposto pelo Sinttel do Mato Grosso.

A decisão foi da desembargadora Eliney Bezerra Veloso, vice presidente do TRT-MT quando realizava na tarde desta quarta-feira dia 02/08, audiência de conciliação em outro processo de dissídio, só que de greve e proposto pela Telemont. Diante dos dois dissídios, a magistrada resolveu adiar a tentativa de conciliação.

Os trabalhadores na Telemont rejeitaram proposta de reajuste abaixo da inflação na negociação da Convenção Coletiva e paralisaram as atividades.  Os técnicos que prestam serviços para as redes externa das operadoras Oi, Vivo e Claro não estavam fazendo os reparos e instalações em todo o Estado do Mato Grosso.

Razões do  movimento

Dia 25 de julho de 2017, o SINTTEL-MT realizou assembleias com os trabalhadores da Telemont. Na ocasião foi apresentada a contraproposta do Sinstal (Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços, do qual a Telemont faz parte) para o reajuste salarial e benefícios da categoria com data base em 1 de maio. Após apreciação e avaliação dos trabalhadores e trabalhadoras, a proposta foi colocada em votação e reprovada pela maioria.

Considerando a essencialidade da atividade, a direção do SINTTEL-MT encaminhou comunicado à Empresa solicitando uma reunião, na sede do Sindicato, para discutir a escala mínima de trabalho, conforme determinação a Lei que regulamenta a greve nos serviços essenciais à população. O Sindicato também se colocou à disposição para a abertura de um canal de diálogo.

Mas não houve interesse por parte da empresa. A decisão de paralisar as atividades se deu depois das várias tentativas por parte dos Sindicato de negociar o reajuste dos salários e benefícios da categoria, com data base em 1 de maio, sem sucesso. Os representantes da empresa permaneciam irredutíveis a ponto de desafiarem o Sindicato e trabalhadores com uma proposta abaixo do INPC do período, divididos em duas vezes.

Carreata

No dia 26/07 foi realizada uma carreata pelos técnicos e seus veículos alugados à Telemont pelas ruas de Cuiabá, capital de Mato Grosso. No dia 27 a greve foi suspensa. A adesão da categoria, segundo o presidente do Sinttel-MT, Rodinei Remos Penha, os trabalhadores estão insatisfeitos por causa da proposta de reajuste abaixo da inflação do período e ainda dividido, a alteração na jornada de trabalho e as muitas cobranças.

Mesmo antes das assembleias, os trabalhadores denunciaram que a Empresa pressionara para que aceitassem a proposta, “pois seria melhor para eles”. Diretores do SINTTEL-MT também foram pressionados para que defendessem a proposta do Sinstal, pois, segundo eles, são funcionários da Telemont. Áudios foram divulgados pela Empresa no intuito de sensibilizar o trabalhador aceitar uma proposta com reajuste fora da data base e abaixo da inflação.

Mesmo diante da pressão, o SINTTEL-MT lembra que sua diretoria foi eleita pela categoria para defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e, em momento algum, concorda com o corte de direitos ou reajuste abaixo do INPC do período.

Durante todo este tempo os representantes da Empresa sempre argumentam que o país passa por uma crise, porém esquecem que durante 12 anos eles lucraram muito, e sempre se negaram a dividir estes lucros com os trabalhadores e trabalhadoras. Todas as conquistas que constam dos acordos como: auxílios-alimentação (vale), creche, locação de veículos nas férias, plano de saúde e os reajustes salariais foram conquistados depois de muita luta pela categoria representada pelo  SINTTEL-MT, com o apoio dos trabalhadores. A crise apregoada pela empresa atinge diretamente e principalmente os trabalhadores e trabalhadoras. É responsabilidade do Sindicato representar a categoria defender e estar junto dela nessa luta.

Os trabalhadores e trabalhadoras acreditam que só unidos conseguirão barrar a intenção da Empresa de não repor as perdas salariais do período. É o momento de avançar nas conquistas e, para tanto, aderiram ao movimento paredista.

Esta é a hora de estar unidos, pois só desta maneira conseguiremos repor as perdas do último ano.
Como disse o sábio Rui Barbosa “Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles.!

Fonte: Site do Sinttel-MG e ata da audiência no TRT-MT.

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