Mudanças

Sinttel-ES recebe dezenas de reclamações de trabalhadores na Sollo

O não pagamento dos prêmios em dinheiro e em tíquete aos trabalhadores da operação Picpay, mudança de horário da jornada sem consulta e consentimento dos atingidos, fim do pagamento de hora extra em feriados e troca por folga no banco de horas somente de segunda a sexta-feira com permissão do superior, alteração de comissão para premiação no contracheque do pessoal da captação, são algumas das inúmeras reclamações recebidas pelo canal de atendimento do Sindicato pelo WhatsApp. As últimas são de que o Sindicato entregou para a empresa o nome de todos os que registraram a reclamações no canal. 

A história se repete: Quando uma empresa tem problemas de gestão, os primeiros a sentirem são os trabalhadores.

Desde maio passado, o Sinttel-ES tem feito reuniões com a Sollo Brasil para discutir os problemas relatados pelos empregados. Muitos e-mails foram enviados  questionando procedimentos que antes não eram adotados.

Neste mês de setembro, extrapolou. Foram muitas reclamações sobre as mudanças que a empresa passou a adotar, como o banco de horas e as folgas em troca do pagamento de horas extras feitas nos feriados e a redução do numero de operadores da jornada noturna da operação de atendimento ao Picpay com o remanejamento dos operadores para os turnos do dia, atrapalhando a vida de muitos, que estudam ou têm outro emprego.

Em reunião com o Sindicato, a empresa alegou que houve problemas com a gestão de processos internos (pagamentos) e que está buscando solucionar, corrigindo, mesmo que de  forma atrasada os valores não pagos. A informação dada ao sindicato é que neste mês de setembro todas as pendências foram sanadas.

Outra mudança que não deu pra entender foi trocar o termo comissão por premiação no contracheque dos operadores da Captação. Isso gerou um descontentamento geral, pois a empresa pode estar usando de um artifício para burlar a legislação, uma vez que prêmio não tem natureza salarial e não é recebido nas férias, 13º salario, FGTS e aviso prévio.

Questionada, a empresa garantiu que nada mudará. Os valores continuarão sendo lançados no contracheque da mesma forma.

No entanto, as últimas reclamações foram para criticar e questionar o Sindicato sobre passar para a Sollo dados pessoais sigilosos dos trabalhadores que reclamaram. Um supervisor da operação Picpay aprontou o dedo para vários trabalhadores na manhã desta terça-feira, (30/09), afirmando que ele sabia quem tinha reclamado, pois o SINDICATO DEDUROU TODOS.

O sindicato já sabe quem vem fazendo essas ameaças, expondo e assediando publicamente os trabalhadores, numa atividade antissindical criminosa e vai solicitar que a empresa tome providências.

Veja algumas das mensagens:

No SINTTEL-ES SIGILO DA FONTE É ABSOLUTO, É INEGOCIÁVEL.

O Sindicato mantém o canal de WhatsApp desde 2015. São 10 anos construindo um canal de confiança do trabalhador com a sua entidade, objetivando atendimento rápido, com presença constante. A difamação de Sindicatos, muito comum, é crime e pode ter consequências seríssimas, pois coloca em dúvida a representatividade da entidade com a categoria.

Prejudicar a reputação do SINTTEL-ES de forma rasteira, afeta confiança dos associados e representados. São 55 anos de existência do SINTTEL-ES, defendendo os direitos dos trabalhadores em telecom. E não serão alguns chefes covardes e incompetentes que vão arranhar nossa história.

É preciso lembrar aos trabalhadores que quando fizerem denúncias ao sindicato não façam alardes aos quatro ventos. Não se sabe quem está do nosso lado, principalmente no local de trabalho. Com certeza esse supervisor conseguiu corromper algum colega que, por alguma vantagem, entregou o restante do grupo.

E jogou a lama sobre o Sindicato, que não está presente para responder à altura.

Não vamos aceitar isso.