Assunto: Abusos da Telemont no Espírito Santo
Data: 21.12.2016 11:40
De: Presidencia – Sinttel-ES <>
Para: Alexandre Barros <>
Cópia: <mxxxxxx.mxxxx@oi.net.br>
Prezado Alexandre,
Segue relato sobre o que está acontecendo sob o comando da Telemont, prestadora de serviços da Oi/Telemar no Espírito Santo.
É do conhecimento da Oi que o Sinttel-ES-ES, busca na Justiça do Trabalho, contra a Telemont, o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho 2015-2016, ação esta ajuizada em 2015. Já tivemos julgamento favorável em primeira instancia, inclusive com liberação de liminar para que a empresa cumprisse o determinado, bem como parecer favorável do MPT-ES, reconhecendo as nossas reivindicações. Claro que a empresa recorreu de todas as formas. O processo aguarda, agora, julgamento no TRT-ES, o que poderá acontecer a qualquer momento, observando, claro, o recesso da justiça.
Por determinação do Juiz a empresa aplicou o reajuste de 8,42% em novembro/2015 nos salários e tíquete, ficando o retroativo para ser pago quando da decisão.
Em 2016 houve a negociação para renovação da CCT 2016-2017, sendo aprovado o reajuste de 10% em duas vezes: 5% em abril e 5% em dezembro para salários e reajuste de 10% nos benefícios a partir de julho/2016. Procuramos a empresa para que isto fosse aplicado também na Telemont, mas se recusaram a discutir sobre esta possibilidade. Argumentávamos que o que está pendente na justiça, não impede a empresa de assim proceder. Além disso desde 2014 o aluguel dos veículos estão sem reajuste, entre outras pendências. No dia 18/11/2106, os trabalhadores cansados de esperar que a empresa fizesse a parte dela, decidiram em assembleia realizar uma greve na tentativa de que a Telemont atendesse as nossas reivindicações. Antes disso, propusemos uma reunião na tentativa de que a greve não fosse necessária. No dia 18 /11, mesmo, a Telemont entrou com uma ação de dissidio de greve, antes que pudéssemos conversar. Neste ínterim, numa clara tentativa de desmobilizar os trabalhadores, anunciou que faria a correção nos salários em 5%, em novembro e de mais 5% em dezembro. O mesmo reajuste que ela teimava em não conceder. Isto não foi oficializado ao Sinttel-ES.
Somente no dia 07/12 atendendo a uma solicitação do Sr. Getúlio, que queria conversar, segundo ele, sobre as tais pendências, fizemos uma reunião e nesta reunião além de não atender em nada do que havíamos conversado, fez uma proposta de reajuste exatamente igual ao da CCT 2016-2017, incluindo também pagamento de valores retroativos, negados anteriormente, dizendo que era a proposta da empresa. Só que, para ser implementada o Sinttel-ES deveria retirar/desistir da Ação de Cumprimento, numa clara chantagem à entidade sindical.
Como nos recusamos a aceitar tal afronta, a empresa, através dos seus gestores, passou a incitar os trabalhadores a procurarem o sindicato com o objetivo de pressionar a entidade para atender a sua pretensão. No dia 16/12, um grupo de empregados se dirigiu até a sede do Sinttel-ES, a partir das 09:00 horas, horário de trabalho, com esta intenção e deixamos claro que a direção do Sinttel-ES não atenderia estas exigências porque não poderíamos assim proceder em função de prejuízos que isto acarretaria pois, isto não ensejava a vontade da maioria. Até porque os pisos previstos na CCT beneficiará um grupo grande de trabalhadores e os que se encontravam reivindicando na porta do Sinttel-ES eram de empregados administrativos e de outras funções não previstas na CCT. Mas todos estariam contemplados com os 10% de reajuste, tanto previstos na CCT como os mesmos que a empresa estava anunciando. Ficamos sabendo, depois por alguns trabalhadores que defendem a posição do Sindicato, que todos foram liberados pelos gestores para esta atividade.
Hoje, dia 21/12, mais uma vez e agora com provas, a empresa liberou das atividades os empregados que quisessem ir, de novo, ao Sinttel-ES com a mesma intenção. O que nos causa espécie, é que todas as vezes que solicitamos liberação dos empregados para qualquer atividade, a resposta era sempre que: “a caixa está cheia, temos muitos reparos e serviços acumulados; a Oi pode nos multar sobre estas atividades deixadas de fazer, etc. E hoje, mais uma vez, um grupo é liberado das atividades sem nenhuma preocupação com isso. E olhe que aqui temos tido chuvas em abundância nestas últimas semanas, o que sempre causa o aumento de reparos e acúmulos de serviços.
A intenção deste relato, tem como objetivo alertá-los para o que está acontecendo. Já passei para a empresa, Sr. Frederico Valério, Gerente Local e para o Sr. Fernando Bhering Diretor Regional, de que qualquer coisa que acontecer será de única e exclusiva responsabilidade da Telemont. Alerto, ainda, que a cobertura da imprensa local, está atribuindo estas ações aos trabalhadores da Oi, causando mais prejuízos na imagem da Oi.
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Nilson Hoffmann
Presidente do Sinttel-ES
27 3223-4844