A diretoria do Sinttel, eleita nos dias 14 e 15 de maio, foi empossada na tarde da quinta-feira (21), no auditório do Hotel Bristol, em Camburi, Vitória. Na oportunidade, os diretores/as puderam ouvir o presidente licenciado da CUT-ES, José Carlos Nunes e a supervisora do Dieese-ES, Sandra Pin Bortolon.
Pegando carona na realização da Rio + 20, a manhã da posse começou com o Sinttel apresentando um filme “A história das coisas”, a versão brasileira para o documentário The Story of Stuff, de Annie Leonard, que explica como funciona o sistema linear do capitalismo, e como isso prejudica o planeta. O vídeo mostra a história dos objetos de consumo, da sua produção ao descarte e revela quem são as verdadeiras vítimas do sistema de produção linear oferecendo alternativas para mudar o paradigma consumista atual.
Logo após o debate sobre o vídeo apresentado, Nunes falou das principais bandeiras de luta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a qual o Sinttel-ES é filiado. Lembrou a história da maior central sindical da América Latina e seus 30 anos de existência, a completar em 2013.
O presidente licenciado citou a luta pela jornada de 40 horas semanais, explicou a correlação de forças que existe hoje no Congresso Nacional, em que a maioria dos deputados defende os interesses patronais e da campanha pelo fim do Imposto Sindical, em que a CUT está fazendo um plebiscito para saber o que o trabalhador deseja.
Depois de Nunes mostrar as dificuldades e os desafios que o movimento sindical tem para a Classe Trabalhadora, a economista do Dieese mostrou como está o cenário econômico para os trabalhadores. Ela fez uma análise da conjuntura e das categorias e de como os salários evoluíram a partir de 2002, com o início do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Sandra explicou o ganho de massa salarial, a partir da política de valorização do salário mínimo e dos reflexos dessa política de governo na melhoria das condições de vida, do emprego e dos salários de todos os trabalhadores. A economista apresentou gráficos que mostram a evolução dos salários nos setores da indústria e comércio, em os trabalhadores obtiveram melhores ganhos nas negociações salariais.
Segundo ela, nos últimos 10 anos, conquistaram mais de 5% de aumento real, além de repor a inflação total do período, enquanto que no setor de serviços, onde estão os trabalhadores em telecomunicações, esse percentual não passou de 3%. Sandra explicou as dificuldades de mobilização desses trabalhadores pelos sindicatos, devido à diversificação de empresas que surgiram após a privatização da telefonia no Brasil. Para ela, ficou mais difícil organizar os empregados para reivindicar.
O presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann, disse que o objetivo do encontro foi compeltamente atingido, uma vez que a diretoria precisa estar afinada para o mandato de mais quatro anos.