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Sinttel descarta proposta irrisória da Telemont/Oi

06/06/2013 - 9h23 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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A segunda reunião de negociação com a Telemont/Oi, ocorrida na tarde desta quarta-feira 05/06, não avançou. A empresa fez uma proposta de reajuste mínima, querendo repor somente a inflação do período e, ainda, para parte dos trabalhadores. A outra parte nem isso. O Sinttel recusou a proposta e nova reunião foi marcada para o dia 12.

Na primeira reunião, dia 20/05, os assuntos tratados foram o plano de saúde e problemas operacionais como hora extra, escalas de trabalho, descolamento, entre outras. A empresa ficou de apresentar soluções para as demandas discutidas, no próximo dia 11/06, principalmente para melhorar o atendimento da assistência médica e a rede credenciada no interior do Estado.

Já neste segundo encontro, o ponto principal de discussão foram os itens econômicos da pauta de reivindicação, como reajuste, aumento real nos salários e benefícios, como tíquete (R$ 12 diários), aluguel dos carros (R$ 710 e R$730, mensais) e etc. O discurso da empresa é que ela fez, em meados do segundo semestre de 2012, uma previsão de inflação de 5,5%, bem diferente do que está sendo apurado pelo INPC do IBGE, que em abril chegou a 7,16%. “Não imaginávamos que chegaria a esses índices”, disse o diretor da Telemont/Oi, Fernando Bhering.

O diretor do Sinttel, Wilson Leão, rebateu o argumento, pois segundo ele, os índices de inflação vêm subindo desde outubro de 2012: “Só nos primeiros meses de 2013, a inflação, no acumulado de um ano, cresceu de janeiro (6,63%), fevereiro (6,77%), março (7,22%) para abril (7,16%). Ou erraram feio ou é discurso”, criticou Leão.

Proposta medíocre

A empresa ofereceu 7,16% para o piso salarial e, nos demais, ainda reduziu a oferta para 6%. O Sindicato não aceitou e disse para a empresa que os/as trabalhadores/as da Telemont/Oi querem aumento real de salários, pois se é para nem repor a inflação, nem precisava de negociação.

O diretor do Sinttel-ES, Marcelo da Silva Gomes, disse para a empresa que os trabalhadores da Telemont merecem muito mais, apresentando o resultado das negociações salariais acompanhadas pelo Dieese, em que 86% delas, realizadas em outras categorias pelo país (96 ao todo), a média de aumento real foi de 1,96%, mais a inflação do período.

A Telemont chorou todas as lágrimas e discorreu um rosário de problemas financeiros com a Oi, pois com a saída do presidente em janeiro, todos os investimentos – melhorias e implantação de redes – foram paralisados. E a empresa fez contratações para atender a esses investimentos e agora não está conseguindo fechar as contas. Disse que seu maior patrimônio são os trabalhadores, mas vem demitindo seguidamente não só os recém contratados, como instaladores e demais empregados antigos.

Demissão e não pagamento de produtividade

O Sinttel questionou as demissões que a empresa fez na segunda-feira, dia 2, em que mais 32 trabalhadores dos municípios de Cariacica, Vila Velha, Guarapari, Serra e Cachoeiro de Itapemirim foram colocados de aviso prévio. Também cobrou o pagamento da produção, já que os empregados não receberam o mês de maio.

Quanto à produção, a empresa disse que foi um erro no sistema e que aconteceu em todos os estados onde a empresa opera. Garantiu que os valores serão pagos em 72 horas. Já para as demissões, a empresa espera uma posição da Oi quanto aos novos projetos de expansão e melhorias na rede.

A empresa também rebateu os boatos, que correm entre os trabalhadores, de que a empresa perdeu os contratos no Rio de Janeiro e em São Paulo, informando que a atividade de CNS foi transferida para a Brasil Telecom, mas que continua trabalhando para a Oi em ambos os estados.

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Em rodônia, categoria está em greve

(matéria do Sinttel-RO)

TRABALHADORES/AS REIVINDICAM MELHORES SALÁRIOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO

Hoje a média salarial destes profissionais é de R$ 700,00 (setecentos reais). Os benefícios como Plano de saúde e Vale alimentação são os mais baixos do setor de telecomunicações. As mulheres que têm filhos pequenos não têm direito ao auxílio creche.

A data base da categoria é 1° de maio e a inflação acumulada do período é de 7,16%, porém a empresa não reajustou os salários e benefícios dos empregados. Recentemente, encaminhou uma proposta abaixo da inflação, que é uma verdadeira humilhação.

O Sintel-RO rejeitou proposta por julgá-la indecente e desrespeitosa. Diante de tal descaso, os trabalhadores decidiram paralisar as atividades como forma de fazer a empresa voltar à negociar.

A Telemont alterou o plano de saúde dos trabalhadores sem comunicar, como forma de precarizar ainda mais os benefícios conquistados. Hoje os poucos benefício que os trabalhadores dispõem são frutos de lutas do Sindicato e dos trabalhadores e agora a empresa quer retirá-los. A intenção da empresa é acabar com a assistência médica e reduzir os auxílios, como alimentação, insuficientes para atender as necessidades.

Os veículos que rodam nas ruas com a marca da OI/Telemont são de propriedade do trabalhador. A empresa só contrata o trabalhador que tenha carro novo para executar seus serviços, no entanto não quer pagar por isso.

Os técnicos que hoje atendem aos usuários no Estado de Rondônia também não dispõem de equipamentos adequados, estão em números insuficientes e, portanto, precisam trabalhar mais de oito horas diárias ou têm de ficar de sobreaviso todos os dias da semana, pois a empresa os ameaça se desligarem os celulares. No entanto, não quer pagar pelos extras.

Hoje, estes profissionais não têm mais vida social. Suas esposas, filhos, amigos e familiares passam os domingos e feriados sozinhos, enquanto eles trabalham.

Esta dura realidade é vivenciada apenas pelos técnicos que atendem aos usuários, aqueles que retiram ou instalam os telefones e a internet, enquanto isso, os encarregados e chefes vão para os balneários, festas dos amigos e curtem com suas familiares descompromissadamente. Esta é a realidade daqueles que mantém os serviços de Oi funcionando em Rondônia.

Enquanto a empresa não atender ao pleito, os trabalhadores não descansarão e lutarão por seus direitos, disse o Sinttel-RO.

Os trabalhadores não deixarão que a empresa retire o plano de saúde e o vale alimentação, muito menos aceitarão reajuste abaixo da inflação. Chega de trabalhar como escravos para a OI sem ter seus direitos reconhecidos!

Fonte: SINTTEL RO

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