Diante da posição da Telemont, expressada claramente nas reuniões realizadas pela gerência com os trabalhadores em Vila Velha, Vila Capixaba/Cariacica (dia 9/11) e em Jardim Limoeiro/Serra e São Mateus (10/11), de que a culpa por ela não reajustar os salários de acordo com a Convenção Coletiva 2016/2017 é do Sinttel-ES, não há outra alternativa: Se não pressionar, a Telemont não vai pagar.
A empresa chegou a dizer para os trabalhadores quem tem o dinheiro reservado para o pagamento, mas que não o fará por culpa do Sinttel. Ela atribui essa responsabilidade, especificamente, ao presidente do Sindicato, Nilson Hoffmann, por deixar os trabalhadores sem reajuste há mais de um ano. Culpa o Sinttel-ES por ter entrado com a Ação de Cumprimento que pede o cumprimento da Convenção Coletiva 2015/2016 (CCT) e o pagamento dos pisos salariais por função.
A reunião objetivou confundir os trabalhadores, tentando inverter a situação para colocá-los contra o Sindicato, como se o Sinttel não quisesse aceitar o que a empresa quer porque quer. Acontece que o Sinttel-ES estava presente nas reuniões em Cariacica, na Serra e em São Mateus. E apesar da tentativa da empresa de impedir que o sindicato falasse a verdade com os trabalhadores, já que a reunião foi convocada pela gerência, o Sinttel chamou os trabalhadores para uma reunião geral, que poderá decidir por paralisação, na manhã desta sexta-feira, na Praça do Papa.
Uma coisa é a Ação de Cumprimento da CCT 2015/2016. Outra coisa é o reajuste de 10% (5% em Set e 5% em dez) da CCT 2016/2017. O reajuste da Convenção Coletiva 2016/2017 – aprovada pelos trabalhadores – pode ser dado, porque não tem nada a ver com o processo que tramita na Justiça do Trabalho. Mas, por pecuinha, prepotência e maldade mesmo, a Telemont não quer fazer.
A verdade é dura, mas é preciso ser dita: A Telemont age de má-fé. E joga com a memória curta da categoria. A decisão de ingressar com a Ação de Cumprimento da Convenção Coletiva 2015/2016 foi tomada em assembleia com voto secreto, depois que houve rejeição do acordo que a Telemont queria. E diante do impasse, o Sinttel apresentou aos trabalhadores o melhor caminho, a melhor alternativa que é a convenção coletiva, cujas cláusulas, principalmente as econômicas que tratam de reajuste, por exemplo, são mais benéficas que o acordo que a empresa queria.
E que fique claro: O SINTTEL ESTÁ PROIBIDO PELO JUIZO DA 8ª VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA DE FAZER ACORDOS E CONVENÇÕES INFERIORES AO QUE ESTÁ ESCRITO NA CCT 2015/2016, SOB PENA DE MULTA DE R$150 MIL REAIS.
Ou seja, que deixe a empresa explorar a todos.
Agora você sabe que é a empresa que não quer pagar o seu reajuste no salário, no aluguel dos veículos, nos pisos, na PPR, etc.