O Sinttel fará assembleias para avaliação da proposta negociada com a Operadora OI, visando o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho que vigorará até novembro de 2016.
Em Colatina e Cachoeiro de Itapemirim, dia 14/12, segunda-feira às 8:30 horas, nos prédios da Oi.
Em Vitória na Rua do Rosário às 08 horas e na Enseada do Suá às 10 horas.
Para os trabalhadores das Lojas (Paggo) no dia 15/12, 14 horas, nas próprias lojas.
Nesta quarta-feira, dia 09/12, aconteceu mais um longo e exaustivo dia de negociação com a direção da empresa, buscando a renovação do acordo coletivo de trabalho.
Sabedores das sérias dificuldades nas negociações salariais das operadoras neste ano – onde até agora não conseguimos formatar uma proposta satisfatória de acordo com nenhuma delas, à exceção da Tim -, entendemos que, chegando no limite da negociação com os representantes da Oi, foi possível formatar uma proposta dentro do contexto de crise. Evidente que os/as trabalhadores pretendiam e mereciam mais…
No entanto, o esforço foi, parcialmente, atingido ao conseguir corrigir os principais benefícios com reajustes um pouco acima da inflação e retroativos à data-base. Se não foi possível o mesmo sucesso no percentual de reajuste salarial, o mesmo valerá para todos os/as trabalhadores/as, igualmente, independente de faixa salarial. Ainda arrancou-se um valor de abono bastante razoável através de um tíquete-extra.
Um nova conquista
A comissão de negociação conseguiu agregar um novo benefício: a folga no dia do aniversário, sem que tivesse que abrir mão de algum outro. Não há nenhum retrocesso em itens do atual acordo coletivo
No caso das Lojas, também houve um relativo sucesso. Os salários foram corrigidos pelo INPC integral e os benefícios até um pouco acima, além do que os/as empregados/as da lojas vão receber o PPR, pela primeira vez. Também vão receber o tíquete-extra.
Isso é pouco? É. No entanto, neste momento por que passa nosso país e analisando as demais negociações salariais em nosso setor, a Comissão Nacional de Negociação da Fenattel recomenda aos sindicatos filiados a APROVAÇÃO da proposta negociada com a diretoria da Oi e indica as datas para realização das assembleias para deliberação com o conjunto dos trabalhadores até o dia 17/12.
Com relação aos/às trabalhadores/as das Lojas, ficou assim a proposta
Foram quase doze horas de intenso trabalho . Desde às 9 horas, a Comissão Nacional de Negociação da Fenattel forçou a barra a partir de contraproposta dos/as trabalhadores/as apresentada na noite do dia anterior. Mas a resposta da empresa só conteve alguns discretos avanços, ainda muito longe de um entendimento:
Com relação ao pessoal das Lojas (Paggo), também ocorreram alguns avanços (principalmente a confirmação da tendência do PPR deles, em torno de 1,2 salários em todos os estados), o que configura o pagamento pela primeira vez, mas no geral ainda foi uma proposta que a Comissão Nacional de Negociação da Fenattel considerou bem tímida:
Nas duas situações, REJEITOU-SE e insistiu-se na necessidade da reposição integral do INPC (10,3%) nos salários, bem como nos benefícios, assim como na retroatividade no mês de novembro. No caso das Lojas, além disto acima, reivindicou-se o tíquete para R$ 22 em novembro; a creche no valor de R$ 210 também em novembro; o auxílio-medicamento para R$ 400, bem como a antecipação de metade do décimo-terceiro e de meio salário por conta do PPR, ainda este mês.
Após uma pausa para o almoço, retomou-se os trabalhos, com os representantes da empresa propondo um reajuste de 6,5% para os salários em janeiro; reajustar os tíquetes para R% 30,00 em dezembro; o auxílio-creche para R$ 435,00 em dezembro; antecipação de metade do décimo-terceiro em 15/01; E tíquete-extra de R$ 500,00.
Por mais uma vez, a resposta da empresa ficou abaixo do que entendeu-se possível. Então REJEITOU-SE novamente, tanto para as Lojas, quanto para os/as trabalhadores/as diretos da Oi. Assim, os representantes da empresa solicitaram uma pausa e, após algum tempo, retornaram com uma nova contraproposta:
Tornou-se a REJEITAR a proposta por entendê-la insatisfatória e apesar das dificuldades que todos enfrentam nas negociações salariais com as demais operadoras de telecom, não houve acordo que o ônus da crise seja colocado no colo da classe trabalhadora. Assim, buscando fugir ao impasse, a Comissão Nacional de Negociação da Fenattel fez a seguinte proposição:
Com relação aos trabalhadores diretos da Oi:
Houve mais um intervalo e ao dos representantes, tratou-se apenas dos pontos referentes aos 2.200 trabalhadores das Lojas, buscando encontrar um ponto de equilíbrio para renovar primeiro este acordo, para, em seguida, o mais complexo e difícil, que era o da Oi. Então, diante da intransigência patronal passou-se a discutir e formular uma nova contraproposta que pudesse significar uma alternativa ao malogro da negociação:
Os representantes da empresa solicitaram uma nova pausa para avaliar nossa proposta e refazer números. Após várias outras discussões e debates entre as partes, já por volta das 21h, foi apresentada como proposta limite para a renovação do atual acordo coletivo de trabalho.