Precarização global
À medida que a gigante mexicana de telecomunicações expande seus serviços e vê seus lucros dispararem, 14 sindicatos de doze países escreveram para suas gerências locais, convidando a América Móvil (Grupo Claro SA) a assinar um acordo mundial com a UNI Global Union para garantir “relações trabalhistas estáveis e construtivas, tanto global quanto nacionalmente”.
Os sindicatos exigem um acordo global que deve:
A América Móvil, de propriedade do bilionário mexicano Carlos Slim, opera em 22 países na América Latina e Europa Central e Oriental.
A iniciativa de chamar a empresa veio de uma reunião de sindicatos, representantes da CLARO, em Bogotá na Colômbia em 8 de julho, onde eles discutiram os problemas comuns e estabeleceram seus objetivos para o acordo.
O presidente da Federação LiVRE, Luis Antônio de Souza da Silva, que esteve em Bogotá para a 7ª Conferência Regional ICTS Uni Américas, participou da reunião e disse:
Os maiores problemas a serem enfrentados na Claro são com os trabalhadores terceirizados e de teleatendimento, devido à insuportável precarização, principalmente nos baixos salários. Um acordo global, com regras negociadas poderia ser um saída estratégica para o Grupo que enfrenta muitos problemas trabalhistas no Brasil.
Marcio Monzane, Secretário Regional da UNI Américas, disse:
A América Móvil está crescendo e gerando lucros enormes – mas esse crescimento não deve ocorrer às custas dos direitos dos trabalhadores. Sindicatos da América Latina e da Europa estão unidos na reivindicação de um acordo global que garanta tratamento justo, condições seguras e respeito ao direito fundamental de organização. Uma empresa deste porte e alcance tem a responsabilidade de manter os mesmos padrões para todos os seus trabalhadores, independentemente do país, e um acordo global com a UNI pode tornar isso realidade.
Filiados à UNI da Argentina, Áustria, Brasil, Bulgária, Colômbia, Croácia, Guatemala, México, Nicarágua, Macedônia do Norte, Peru e Eslovênia escreveram à administração local com a demanda em 22 de julho.
Oliver Roethig, Secretário Regional da UNI Europa, disse:
A América Móvil deve defender os direitos e as normas trabalhistas, independentemente de operar na Europa ou na América Latina. Exigimos um acordo global que garanta o direito à organização, à negociação coletiva, a salários dignos e à estabilidade no emprego.
A América Móvil é a maior empresa de telecomunicações do mundo em termos de assinantes móveis e conexões de serviço. A UNI negociou mais de 50 acordos globais com empresas multinacionais para garantir e fazer cumprir os direitos dos trabalhadores em todas as suas operações no mundo.
Você, trabalhador e trabalhadora no setor de Telecom sabe que o SINTTEL-ES sempre estará ao seu lado, portanto SINDICALIZE-SE. A contribuição é de 1% do salário base ao mês e certamente define o comportamento das empresas com os/as trabalhadores/as. Quanto mais sindicalizados ao SINTTEL-ES maior a chance de conquistas. O SINDICATO É SUA GARANTIA.
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