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Baú de reclamações

Sindicato expõe à Vivo problemas que trabalhadores enfrentam

13/07/2023 - 15h36 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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O gerente de relações trabalhistas da Telefónica Vivo no Brasil, Márcio Afonso, justamente com o assessor, Marlon de Azevedo Comitre e do Consultor, Thiago Paes, estiveram na sede do Sinttel nesta quinta-feira (13) para uma reunião. Na pauta da empresa, o estreitamento das relações trabalhistas que a gerência vem fazendo com vários sindicatos no Brasil. Na pauta do Sinttel muitas irregularidades e denúncias de assédio, desrespeito aos direitos dos trabalhadores.

Além dos diretores sindicais  liberados da Vivo para o Sindicato, Silvia Capistrano Ferreira, Rita Dalmasio e Reginaldo Biluca, estiveram presentes a diretora Bruna da Silva que veio de Colatina e de Vitória, os diretores Juliano Santos Oliveira (Vivo 2) e Roberto Mattos (Vivo 1).

O presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann abriu a reunião tocando no fato ocorrido no dia anterior em que o gerente da Vivo 2, demitiu dois trabalhadores em meio a uma confraternização — um café da manhã julino — em que estavam presentes vários trabalhadores e trabalhadoras, inclusive que vieram do interior do Estado.

Juliano, que estava na confraternização, descreveu a aflição e angústia dos trabalhadores que repudiaram com indignação a atitude do gerente.

Um baú cheio de problemas

Márcio e sua equipe ouviram os problemas que ocorrem nas lojas da Vivo: burocracia, problemas na estrutura física, demora em atender aos chamados, assédio moral das gerências e “ação externa na rua”. Segundo a Bruna, trabalhadores que não atingem metas de vendas na loja, são colocados na rua para cumprir a meta, sem a menor estrutura de apoio, sendo que precisam abastecer os veículos com dinheiro próprio.

As diretoras Silvia e Rita apontaram que a gerência das lojas do Norte do Estado vem ultrapassando os limites do respeito aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, impondo mudança de horário para abertura e funcionamento das unidades;  que trabalhadores deviam chegar 20 minutos antes do horário e bater o ponto somente quando começarem a atender os clientes. Rita, Silvia e Biluca conversaram com vários trabalhadores quando visitaram lojas da Vivo em municípios do norte do Estado, por ocasião da assembleia de avaliação da proposta de PPR, no dia 15/06. Essa irregularidade já não vem sendo mais praticada.

O diretor Juliano discorreu sobre as diferenças e discriminação sofridas pelos trabalhadores da Vivo 2 – prédio da Mata da Praia, em relação à Vivo 1 (prédio Enseada do Suá). Nesse ponto, Márcio interrompeu afirmando que Vivo 1, Vivo 2, GVT é coisa do passado. “Hoje somos todos Telefonica Vivo”, disse o gerente. Porém, foi contestado pelo depoimento de Juliano:

“Trabalhadores da Vivo 2 não têm a mesma liberdade para entrar no prédio da Vivo 1, nem parece que fazem parte da mesma empresa, quando o contrário não acontece. O prédio da Vivo 1 é todo bem decorado, enquanto no prédio da Vivo 2 o carpete foi lavado pela última vez em 2017. E assim acontece com os equipamentos, móveis e a própria estrutura do prédio”, contou Juliano. “E quando chega uma cadeira, uma mesa nova é porque foi descartada de outro local”, completou ele.

Outra dificuldade relatada pelo presidente,  Nilson, é a contratação de instaladores para a Vivo 1 que não fazem instalação, mas recebem um piso salarial baixo definido no acordo coletivo, apesar de desempenharem outras atividades como adequação de prédios, lançamento de fibra. Essa irregularidade compromete 35 trabalhadores.

Banco de horas também foi tema da reunião. Nilson descreveu que na Vivo 2 tem assistentes que apesar da jornada ser de 40 horas semanais, ainda são deslocados para uma escala de sábado sim/sábado/não na operação. Neste caso as primeiras 4 horas vão para o banco, e o restante são computadas como horas extras. São trabalhadores administrativos trabalhando como operacionais sem receber hora extra.

Atingimento de metas – Nilson relatou que a empresa precisa rever as metas estabelecidas, uma vez que elas estão cada vez mais difíceis de serem batidas. “É preciso avaliar a economia local, as dificuldades da população, principalmente nas cidades do interior”, completou.

Homologações no Sindicato. o diretor jurídico do Sinttel, Reginaldo Biluca destacou a importância de o sindicato   fazer e acompanhar as homologações das rescisões de contrato no Sindicato, evitando prejuízos para os trabalhadores.

A diretora Rita fez questão de alertar para o adoecimento dos trabalhadores que sofrem com a pressão e o assédio das chefias.

Márcio e sua equipe anotaram todas as reclamações e irão passar para as gerências envolvidas afim de promover mudanças e melhorias nas condições de trabalho.

 

 

 

 

 

 

 

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