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Sertel tem até o 10 de julho para negociar aumento

12/06/2012 - 7h53 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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O “Dia dos Namorados”, não sensibilizou a Sertel. A empresa foi para a reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho com o mesmo espírito intransigente com que ingressou na justiça pedindo dissídio de greve contra os trabalhadores. Apesar dos esforços da desembargadora presidente do Tribunal, Claudia Cardoso de Souza, não houve acordo entre o Sinttel e a empresa.

Diante do impasse em que a Sertel dizia não poder dar nenhum reajuste devido ao precário contrato firmado com a GVT, a desembargadora prorrogou para o dia 10 de julho de 2012 a audiência. Se até lá, a Sertel não apresentar uma proposta decente de reajuste para os minguados salários e algueis de veículos, a justiça poderá julgar o dissídio.

O presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann, disse que houve muita discussão, mas a empresa se manteve com o discurso de sempre, o de não oferecer nada. “Nós mostramos a pauta de reivindicação dos trabalhadores e apresentamos à desembargadora o salário miserável de R$ 669,00 que os instaladores recebem por um serviço especializado com alta tecnologia prestado à GVT, por intermédio de uma terceirizada, lembrando que esse salário foi corrigido pela empresa 4,96%, uma espécie de adiantamente baseado no INPC de abril/ 2011 a março/2012”.

O trabalhadores reivindicam:

1 – Salários: igualar os salários dos instaladores, dos que atuam como “moto jumper” e oficial de rede em R$ 760,00 a partir de 01/04/2012;
Demais salários: Técnico de Telecomunicações (fibra ótica): R$ 1.400,00; Cabistas: R$ 1.150,00

2 – Tíquete alimentação: R$ 15,00 por dia trabalhado

3 – Alugueis de veículos:
Veículos leves: passar para R$ 800,00
Motos: passar para R$ 600,00
Kombi: passar para R$ 1.200,00

4 – Implantação de plano de saúde com participação do trabalhador em no máximo 50%

5 – Além dos itens de reivindicações relatados, necessitamos regularizar os seguintes pontos que impactam no dia a dia dos trabalhadores:
a) Regularizar o pagamento do aluguel de veículos todo o dia 25 de cada mês;
b) Regularizar a distribuição da cota de combustível de acordo com o valor atualizado do preço dos mesmos, nos postos;
c) Fazer um reforço na cota de combustível em função da exigência da coleta do ponto na sede da empresa pela manhã e à tarde;
d) Do mesmo modo, sempre que ao trabalhador for solicitado deslocamentos acima do normal;
e) Melhorar a liberação do combustível quando for realizar trabalho em final de semana. Além de ser insuficiente, muitas vezes o trabalhador tem que ficar no posto até 21:00 horas de sexta-feira, aguardando a liberação do crédito;
f) Regularizar o fornecimento do tíquete refeição sempre que houver trabalho nos sábados para complemento do jornada ou em horas extras;
g) Regularizar a distribuição dos celulares, pois trabalhadores que foram admitidos a meses precisam usar seus celulares particulares para ligarem a serviço, gastando do próprio bolso.
h) Redimensionar a área de atuação dos “moto jumpers”, pois somente 6 pessoa não dão conta;
i) Uniforme: melhorar a distribuição/substituição dos uniformes;
j) Equipamento de proteção: os trabalhadores reclamam a falta de alguns itens de EPI; as escadas são antigas, de madeira, muitas recuperadas, faltando as travas, inadequadas para o uso; falta luvas e as que são distribuídas não suportam o desgaste; calçados (botas) faltando e os trabalhadores são obrigados a usarem numeração inferior ou superior devido a não reposição pela empresa;
l) Os trabalhadores querem da empresa tratamento adequado por parte dos gerentes/supervisores que a todo tempo estão tratando-os com falta de respeito, cometendo assedio moral, com xingamentos e gritos com os trabalhadores em público, constrangendo com ameaças de demissão.

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