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Sertel não propõe nada, entra na Justiça contra o Sinttel e GVT permanece calada

04/06/2012 - 7h46 - Sinttel-ES - Tania Trento
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A reunião entre a Sertel e o Sinttel não chegou a um acordo. A proposta da empresa é medíocre para os salários e os benefícios pagos a uma centena de trabalhadores – cabistas, instaladores, técnicos, auxiliares – que prestam serviços à GVT no ES. O Sinttel estará na porta da empresa na manhã dessa terça-feira (5) para conversar com os trabalhadores sobre os assuntos discutidos na reunião.

Sem nenhum esforço para reduzir a insatisfação dos trabalhadores, a empresa foi intransigente e, antes que a reunião acabasse, o Sinttel recebeu uma liminar da Justiça do Trabalho proibindo as manifestações dos trabalhadores, sob pena de multa diária de R$ 10 mil . A Sertel ingressou na Justiça com um pedido de Dissídio Coletivo de Greve, alegando que os serviços por ela prestados são essenciais à população.

Com a liminar na mão, o presidente do Sinttel, Nilson Hoffmann, se posicionou dizendo aos representantes da Sertel que aqueles documentos mostravam claramente as intenções da Sertel em não atender as reivindicações dos trabalhadores. A reunião acabou com a Sertel afirmando que não melhoraria a proposta que se resumiu em apenas um item: 4,96% de reajuste salarial sobre os salários pagos em março/2012 e mais nada. A empresa nem fala de reajuste no tíquete, no aluguel dos veículos ou plano de saúde. “Essa não é uma proposta nova e não representa nada, uma vez que a empresa alega ter dado um reajuste de 4%”, explicou Nilson.

Advogados da GVT também estiveram na reunião e nada fizeram para solucionar o impasse. Disseram que não podiam garantir nenhuma melhoria para os trabalhadores, pois a responsabilidade pelos empregados é da empresa terceirizada.

Audiência na Justiça será dia 12 de junho, às 13h30

“O dia não poderia ser mais propício para uma reunião de conciliação na Justiça do Trabalho”, desabafou o diretor do Sinttel-ES, Vanderlei Rodrigues da Vitória. “Quem sabe o amor arrebate o coração da empresa e com isso ela possa minimizar o sofrimento dos seu empregados, cujos salários são miseráveis”, disse Vanderlei.

Alegando que o Sinttel não apresentou pauta de reivindicação, a empresa pede à Justiça a abusividade das paralizações feitas nos dias 30 e 31 de maio, sob ameaça de dispensa dos empregados que continuarem o movimento. “Muitos deles adorariam ser demitidos”, retrucou o presidente Nilson Hoffmann, que nos dias de paralisação ouviu relatos comoventes dos trabalhadores, que se mostram desencantados com o emprego na Sertel.

Em fevereiro, o Sinttel enviou à Sertel uma pauta de reivindicações que se resume na proposta de Convenção Coletiva de Trabalho que vem sendo negociada com o Sinstal (Sindicato Nacional das Empresas prestadoras de Serviço em Telecomunicações). Porém, na semana passada, diante da paralisação dos trabalhadores, o Sindicato enviou uma outra pauta contendo mais de uma dezena de reivindicações dos empregados da Sertel.

Assembleia na semana que vem

O Sinttel estará na porta da empresa na manhã dessa terça-feira (5) para conversar com os trabalhadores sobre os assuntos discutidos na reunião e convocar a todos para uma assembleia.

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