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Reforma trabalhista vai reduzir renda do trabalhador e arrecadação do Estado

13/07/2017 - 14h31 - Sinttel-ES - Tania Trento
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CONSEQUÊNCIAS: Para o economista Marcio Pochmann, além de precarizar as relações de trabalho nas empresas, alterações na CLT aprovadas pelo Senado vão estagnar o mercado interno
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Morte da CLT, depois da aprovação da Reforma Trabalhista no Senado por 50 votos a 26  Foto de ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

São Paulo – A reforma trabalhista, aprovada na última terça-feira (11), não só reduzirá os gastos das empresas, mas também a renda do trabalhador e a arrecadação do Estado também diminuirão. Essa é a avaliação feita pelo economista e professor da Unicamp, Marcio Pochmann, em entrevista à Rádio Brasil Atual, hoje (13). Segundo ele, o resultado será a estagnação do mercado interno.

Para o economista, ainda haverão outras consequências sociais negativas, como a redução de postos intermediários das empresas. Para Pochmann, as empresas estarão estimuladas a trocar o emprego assalariado por trabalhadores precários, como PJ’s.

Não só o cotidiano do trabalhador será afetado, a segurança jurídica também. Marcio explica que haverá mais dificuldade para a população ter acesso à Justiça do Trabalho. “Mais de 80% das ações se devem ao descumprimento da legislação por parte do empregador. Pela nova lei, o trabalhador não poderá denunciar um descumprimento fora do prazo de um ano”, explica. “Ao mesmo tempo, a Justiça ficará menos acessível, porque haverá a necessidade de pagar. Os próprios juízes do trabalho acreditam que, no futuro, essa função deve sumir no Brasil, já que haverá ausência de procura”, afirma.

número de demissões também deve aumentar, diz o economista. “Haverá a negociação do empregador com o trabalhador, sem a presença do sindicato. Poderá ser feita uma proposta com algumas mudanças (no contrato de trabalho atual), ao sabor da nova legislação, e caso o trabalhador não as aceitem, possivelmente ocorrerá demissão.”

por Redação RBA publicado 13/07/2017 13h09

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