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Recuperação Judicial na Oi: “Devo, não nego. Pago quando puder”

21/06/2016 - 9h17 - Sinttel-ES - Tania Trento
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ilustra-devonaonegoNesta segunda-feira, dia 20 de junho,  após o encerramento do mercado, a Oi divulgou um fato relevante comunicando que ajuizou na Comarca do Rio de Janeiro e com base na Lei das Sociedades Anônimas (Lei 11.101/2005), um pedido de Recuperação Judicial (RJ).

Tal fato, bastante sério, deveu-se ao elevado endividamento da empresa e ao fracasso nas tentativas de acordo com os credores financeiros visando uma reestruturação amigável da dívida.

Este pedido foi distribuído para a Sétima Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que após análise deverá ainda esta semana nomear um Administrador Judicial, que atuará junto à direção da Oi para formular um Plano de Recuperação em até 6 meses. Durante este prazo a empresa ganhará um fôlego financeiro, pois não precisará pagar as dívidas de curto prazo com os bancos. Ela estará juridicamente ‘acobertada’…

Ao final deste prazo, o Plano de Recuperação Judicial preparado pela direção da companhia e pelo administrador judicial, devidamente acompanhado pelo Juiz da Sétima Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Viana, será levado a uma assembleia de bancos credores, os quais analisarão as condições para o pagamento das dívidas.

Caso concordem, tudo bem e a vida segue. Caso contrário, será decretada a falência da empresa.

Marcelo Beltrão, Coordenador da Comissão Nacional de Negociação da Fenattel X Oi, fez uma pequena análise sobre a situação atual da Oi:

“Em nossa brevíssima avaliação e há algum tempo, esta já era a única forma de a empresa sair do verdadeiro nó a que foi levada por gestões equivocadas; sócios que nunca entenderam do negócio e também por fundos de investimento internacionais desconhecedores da realidade da empresa e do país.

Como as reestruturações societária e da dívida, que vinham sendo trabalhadas como prioridade total, terminaram não dando certo – e uma coisa está umbilicalmente ligada a outra -, só restou uma alternativa: a RJ.

Sem ela, o altíssimo endividamento da empresa já demonstrava que no curto prazo qualquer um dos bancos ou detentores de títulos que não recebessem uma parcela de seus créditos bloquearia as contas da empresa ou mesmo pediria a sua falência. O que seria, aí sim, o pior dos mundos!

Com a RJ a empresa estará preservada ao longo deste ano. Os trabalhadores e seus salários/benefícios também.

As prestadoras de serviço, como a Serede e a Rede Conecta estão à parte desta RJ e não estarão fazendo parte dela, portanto para elas e seus trabalhadores nada mudaNa verdade, no curto prazo, nada muda em nosso dia a dia

Finalizando, agora a Oi terá fôlego financeiro –  sem dúvida muito importante -, mas também será vital para a vida da empresa buscar uma real solução para sua estrutura de capital. Só assim, poderá haver um futuro de verdade para a Oi. Pelo menos é o que os/as trabalhadores/as esperam.

Um pedido de reunião com o novo presidente, Marco Schroeder, já foi feito  para tratarmos deste e de outros temas o mais rápido possível”.

 

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