O futuro na Oi
O plano de reestruturação da Operadora Oi, com a venda da parte móvel e de infraestrutura, reduzirá a empresa a sua metade. A expectativa dos/as trabalhadores/as diante dessa informação é muito grande. Afinal, quantos/as restarão ao final desse processo?
No segundo semestre deste ano, a não ser uma pequena parte que permanecerá na Operadora, quase que a totalidade dos/as empregados/as na Operação migrarão para a BTCM – Brasil Telecom Comunicação Multimídia, uma empresa já existente no Grupo Oi.
Além de manter os postos de trabalho, a BTCM absorverá os/as trabalhadores/as com todos os bônus e ônus. O contrato de trabalho não sofrerá interrupção. Todos levarão seu tempo de serviço junto. Seu tempo de férias. Os benefícios do atual acordo coletivo de trabalho serão mantidos integralmente como salários, auxílios creche, alimentação e medicamento, entre outros.
E a InfraCo?
Esta será uma empresa com outro dono (tudo leva a crer que o banco BTG Pactual ganhará o leilão programado para o mês que vem). Hoje chama-se BTCM, mas deverá ter um outro nome fantasia. Terá uma diretoria, presidência e conselho próprios. E apesar de ter a Oi como acionista minoritária, será completamente independente dela. Seus executivos serão indicados pelo sócio majoritário, neste caso sócio controlador.
Irá explorar aquilo que ainda é uma novidade no Brasil, mas já é realidade em alguns outros países. Uma grande rede neutra.
Sem operação ao cliente final ela terá uma rede aberta para todas as operadoras que quiserem trafegar sem precisar construir uma rede própria.
E a Serede?
A maior prestadora de serviços de telecom do país mudará também. Não será vendida. Continuará pertencendo ao grupo Oi, mas terá uma administração independente. Deixará de focar exclusivamente o setor e a Oi para atuar também em outras empresas e outras áreas. Já tem um contrato de longo prazo para ser a principal prestadora da nova empresa de infraestrutura a InfraCo, mas o objetivo é prestar serviços à Tim, à Claro e à Vivo também, assim como aos diversos provedores de serviços espalhados pelo país. Entrará no setor elétrico e na prestação de serviços diversos na residência dos clientes.
E o ano que vem?
Ao contrário da situação da InfraCo que não deverá sofrer questionamento regulatório, os cerca de 1.000 trabalhadores envolvidos na mobilidade ficarão à espera de uma decisão dos órgãos governamentais: ANATEL e CADE.
Continuarão trabalhando normalmente na Oi ao longo deste ano e em 2022 também, quando ao final deverá haver a decisão sobre a questão regulatória e de concentração de mercado.
Será tarefa prioritária da Livre discutir com o trio comprador – Claro-Tim-Vivo – a contratação destes trabalhadores quando da incorporação dos ativos móveis!