Negociações ACT 2018/2019
A proposta da Vivo para negociação salarial deste ano não poderia ser pior. A empresa que nos últimos três anos, de 2015 a 2017, teve um EBITDA (lucros antes de juros, imposto, depreciações e amortizações) de R$ 41,22 bilhões e uma receita de R$ 130,11 bilhões, fez uma proposta de retrocessos e cortes. Um verdadeiro horror. A proposta, como não poderia deixar de ser, foi rejeitada pela Comissão de Negociação, formada pelo Sinttel-AM, Sinttel-CE, Sinttel-ES, Sinttel-PE, Sinttel-RJ, Sinttel-RN, Sinttel-RO, que representam a nova federação, denominada Livre.
Esses sindicatos se desfiliaram da Fenattel e criaram a Livre, uma federação para se contrapor aos velhos e ultrapassados modelos sindicais. Uma federação de verdade. Com participação efetiva dos trabalhadores e seus sindicatos. Com uma gestão moderna e democrática. Com democracia nas finanças. Com liberdade de pensamento e de expressão. Com rapidez na comunicação. Com liberdade de crítica. Com total independência em relação às empresas e aos governos.
Pelo Sinttel-ES, o diretor Reginaldo Biluca, que é empregado da Vivo, participou da reunião e disse que a empresa veio com tudo para mexer no plano de saúde e não oferecer um reajuste digno. A próxima reunião é dia 9 de outubro.
Conheça os principais itens da proposta e vamos nos preparar para exigir da empresa uma negociação séria, com avanços e a real recomposição dos salários. A Vivo está no melhor dos mundos, não conhece crise (veja box sobre o crescimento da sua receita no Brasil) e tem condições de atender a nossa Pauta. Os trabalhadores sim, é que estão em crise com uma perda salarial de 2,67% nos últimos três anos. Então, é hora de fazer pressão. Chega de perda!
A data base da Vivo é 1º setembro, a empresa está propondo reajustar os salários um ano depois e por um percentual inferior a inflação acumulada até agosto deste ano. É imoral.
Conheça a seguir os principais itens da proposta já rejeitada pela comissão:
Aplicação da nova lei trabalhista
ATOS NA VIVO
Diante dessa proposta indecente da empresa o Sinttel-ES vai intensificar na próxima semana as conversas com os trabalhadores nos prédios e lojas da Vivo. A intenção é mobilizar os trabalhadores para reagir a essa proposta absurda com pressão e muita mobilização. É importante que os trabalhadores mostrem já a sua indignação discutindo entre os colegas, nos locais de trabalho. Participe!
VIVO SÓ CRESCE NO BRASIL
No quadro abaixo os trabalhadores podem observar que a receita da Vivo entre 2016 e 2017 só cresceu no Brasil. Mas na hora de reconhecer o esforço dos trabalhadores a empresa vem com uma proposta de migalhas.
Com redação do SinttelRio e Sinttel-ES