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Negociações ACT 2018/2019

Proposta da Vivo para o ACT é um pacote de maldades

03/09/2018 - 11h13 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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Resultado de imagem para arrocho salarialReajuste de 3%, em agosto de 2019, aplicação da lei golpista, além de corte e redução de benefícios.

A proposta da Vivo para negociação salarial deste ano não poderia ser pior. A empresa que nos últimos três anos, de 2015 a 2017, teve um EBITDA (lucros antes de juros, imposto, depreciações e amortizações) de R$ 41,22 bilhões e uma receita de R$ 130,11 bilhões, fez uma proposta de retrocessos e cortes. Um verdadeiro horror.  A proposta, como não poderia deixar de ser, foi rejeitada pela Comissão de Negociação, formada pelo Sinttel-AM, Sinttel-CE, Sinttel-ES, Sinttel-PE, Sinttel-RJ, Sinttel-RN, Sinttel-RO, que representam a nova federação, denominada Livre.

Esses sindicatos se desfiliaram da Fenattel e criaram a Livre, uma federação para se contrapor aos velhos e ultrapassados modelos sindicais. Uma federação de verdade. Com participação efetiva dos trabalhadores e seus sindicatos. Com uma gestão moderna e democrática. Com democracia nas finanças. Com liberdade de pensamento e de expressão. Com rapidez na comunicação. Com liberdade de crítica. Com total independência em relação às empresas e aos governos.

Pelo Sinttel-ES, o diretor Reginaldo Biluca, que é empregado da Vivo, participou da reunião e disse que a empresa veio com tudo para mexer no plano de saúde e não oferecer um reajuste digno. A próxima reunião é dia 9 de outubro.

A proposta!

Conheça os principais itens da proposta e vamos nos preparar para exigir da empresa uma negociação séria, com avanços e a real recomposição dos salários. A Vivo está no melhor dos mundos, não conhece crise (veja box sobre o crescimento da sua receita no Brasil) e tem condições de atender a nossa Pauta. Os trabalhadores sim, é que estão em crise com uma perda salarial de 2,67% nos últimos três anos. Então, é hora de fazer pressão. Chega de perda!

A data base da Vivo é 1º setembro, a empresa está propondo reajustar os salários um ano depois e por um percentual inferior a inflação acumulada até agosto deste ano. É imoral.

Conheça a seguir os principais itens da proposta já rejeitada pela comissão:

  • Reajuste salarial – 3% em agosto/2019, abaixo do INPC acumulado que foi de 3,64%;
  • Abono – equivalente a 36% do salário;
  • Reajuste de benefícios – 3,5% inferior ao INPC, a ser pago em maio de 2019;
  • Locação de veículos – manter os valores e o modelo atual até agosto/2019 quando o mesmo deverá ser extinto;
  • Plano de Saúde – a coparticipação dos trabalhadores que hoje é de 20% sobre os exames será elevada a 35%;
  • Coparticipação na terapia que era de 10%, sobe para 20% e cai o limite de R$ 250,00;
  • Para os saídos que mantém o plano de saúde (lei 9.656) o percentual sobe de 1,5% para 2,5%

Aplicação da nova lei trabalhista

  • Homologações não serão mais realizadas no Sindicato e com a fiscalização de homologadores especializados e dos advogados do Sindicato;
  • Inclusão de uma cláusula prevendo a quitação anual (isso é um cheque em brando do empregado para a empresa). Um absurdo;
  • Adoção do trabalho intermitente, outra aberração;
  • Banco de horas passa de 90 para 180 dias;
  • Intervalos:
  1. a) Intra jornada – descanso ou refeição de 30min à 2 horas;
  2. b) Interjornada – o divisor de horas passa de 200 para 220 horas;
  • Turno de revezamento – incluir jornadas de 12 x 36 horas;
  • Exame periódico – amplia a vigência para 135 dias. Isso só interessa à empresa.

ATOS NA VIVO

Diante dessa proposta indecente da empresa o Sinttel-ES vai intensificar na próxima semana as conversas com os trabalhadores nos prédios e lojas da Vivo. A intenção é mobilizar os trabalhadores para reagir a essa proposta absurda com pressão e muita mobilização. É importante que os trabalhadores mostrem já a sua indignação discutindo entre os colegas, nos locais de trabalho. Participe!

VIVO SÓ CRESCE NO BRASIL

No quadro abaixo os trabalhadores podem observar que a receita da Vivo entre 2016 e 2017 só cresceu no Brasil. Mas na hora de reconhecer o esforço dos trabalhadores a empresa vem com uma proposta de migalhas.


Com redação do SinttelRio e Sinttel-ES


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