Impor a desigualdade
Depois da 6ª rodada de negociações, a Vivo manteve uma proposta medíocre para o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018. A empresa teve a oportunidade de apresentar uma proposta coerente com seus resultados, mas escolheu – com sua nova gestão de RH, vinda do grupo Walmart – o caminho antissindical, de enfrentamento, negando condições igualitárias e isonômicas nas relações de trabalho com os empregados.
A empresa deve ter esquecido que foi graças a entrada da Telefônica VIVO no Brasil, em especial em São Paulo, que o grupo amealhou um patrimônio digno de bancos, ou seja US$ 153 bilhões em 18 anos. Hoje, querem rasgar essa história da qual seus empregados foram parte essencial, trazendo a pior proposta entre todas as operadoras. Nem a Oi, que tem uma dívida bilionária e está em um processo de recuperação judicial, conseguiu fazer uma proposta tão ruim.
A proposta é uma colcha de retalhos velhos, rasgados. A Vivo não quer elevar o piso salarial dos seus trabalhadores de campo. Importou o modelo atrasado da GVT e tinha assumido o compromisso de igualar gradativamente isso.
A Vivo mantém os trabalhadores divididos recebendo PPRs de 2,2 salários e 1 salário de target, Vales-Refeição (VRs) de R$ 550,77 a R$ 1.046,46; cestas básicas para alguns trabalhadores de R$ 171,45 e, para outros, de R$ 342,90; planos médicos diferenciados; auxílio-creche só para alguns, não abrangendo os pais trabalhadores de campo, lojas e teleatendimento.
Na mesa de negociações, a empresa vem fazendo ameaças de aplicar unilateralmente as regras da reforma trabalhista, tais como: banco de horas com seis meses de compensação, trabalho intermitente e jornada extensiva, que torna feriado dia comum de trabalho.
A Fenattel já encaminhou à UNI-Américas, aos sindicatos da Espanha e à presidência da empresa na Espanha os problemas com a Vivo no Brasil. Em janeiro, o presidente da empresa estará em São Paulo para debater com sindicatos de todos países, onde a empresa atua, o acordo Marco Global.
Reajuste de 1,73%, a partir de abril/2018
Trabalhadores de Campo: Eliminar a Cesta Básica.
Incorporar 68% do valor do benefício no salário nominal e no Piso Salarial a partir de janeiro/2018
REAJUSTE SALARIAL: 0%
Pagamento de um abono indenizatório equivalente a 35% do salário nominal (exceto para executivos, aprendizes e estagiários).
Correção dos salários nominais e pisos em 1,73% a partir de agosto/2018 (exceto para executivos. aprendizes e estagiários).
Reajuste de 1,73% a partir de setembro/2017
Aluguel de veículos: ZERO DE REAJUSTE