Negociação Salarial nas Operadoras
Apenas 3,78% de reajuste salarial a partir de agosto de 2026. Abono de 50% do salário nominal com pagamento em novembro de 2025 com o mínimo de R$ 1.600,00. Somente 3,78% de reajuste no VA/VR também em agosto de 2026. Abono compensatório no cartão alimentação no valor correspondente a 41,5% da carga mensal, com pagamento em novembro de 2025. Os demais benefícios seriam reajustados em março de 2026 no percentual de 3,78%, com manutenção das demais cláusulas existentes.
Essa foi a proposta apresentada pelos representantes da Operadora: Thiago Paes, Flávio Augusto, Maria Trindad e Vinícius Brena. E foi prontamente recusada pela Comissão de Negociação da Federação LiVRE, composta pelos dirigentes Reginaldo Biluca (Sinttel-ES), Evaniel Brito (Sinttel-RO), Yeda Paura (Sinttel-RJ), José Anchieta (Sinttel-PE), Geraldo (Sinttel-RJ) e Roberto Willhame (Sinttel-AM).
A Comissão classificou o teor da proposta como uma desconsideração ao empenho e dedicação dos empregados e empregadas da VIVO, destacando que a Vivo só ofereceu 75% do INPC (inflação de 5,05%) do período e para o ano que vem. Daqui a um ano. Se a proposta fosse aceita, os empregados amargariam uma perda de 25% do poder de compra dos salários mais a inflação desse ano. Além disso, a proposta ignorou a expressiva lucratividade da empresa, fruto do esforço dos trabalhadores para bater tais resultados: No segundo trimestre de 2025, com lucro líquido foi de R$ 1,3 bilhão, um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita total da empresa atingiu R$ 14,6 bilhões, um crescimento de 7,1%.
Abonos são engodo!
Há alguns anos, as Operadoras, todas, deixam de aplicar os reajustes integrais na data base ou aplicam percentuais menores que o INPC. Em troca oferecem abonos compensatórios. Aumento real é palavrão nas reuniões. Agora, além de abono salarial, a VIVO ampliou a estratégia para o VA/VR. Lembramos que esses valores — que enchem os olhos do trabalhador um vez no ano e esvazia o bolso nos 11 meses seguintes — também é sentido nas férias, no FGTS, no 13º salário e na aposentadoria futura. Uma estratégia usada por todas as operadoras para rebaixar os salários.
A Comissão de Negociação reforçou a importância de se negociar propostas condizentes com a realidade da VIVO, lembrando que a data-base da categoria é 1º de setembro e NÃO AGOSTO DE 2026 e que o INPC do período precisa ser recomposto aos salários de forma integral JÁ!
A Comissão também cobrou avanços em cláusulas econômicas e sociais do acordo, como benefícios, pisos salariais e melhores condições de trabalho.
Qualquer proposta precisa refletir o compromisso da VIVO com o bem-estar e a dignidade de seus empregados, reconhecendo que o crescimento da empresa só é possível graças ao protagonismo de todos os trabalhadores, sejam administrativos, de Campo, das Lojas e Atendimento.
Durante a reunião, os dirigentes da Livre destacaram a necessidade de transparência nos números e de respeito à negociação coletiva, alertando que a categoria está mobilizada e acompanha com atenção cada passo do processo. A atuação firme e unida expressa o compromisso de garantir não apenas a manutenção, mas a ampliação de direitos, reafirmando que os trabalhadores devem ser tratados com reconhecimento e valorização compatíveis com o tamanho que a empresa tem.
Pela Vivo: Thiago Paes, Flávio Augusto, Maria Trindad, Vinícius. Comissão de Negociação da Federação LiVRE: Reginaldo Biluca (ES), Evaniel Brito (RO), Yeda Paura (RJ), José Anchieta (PE), Geraldo (RJ) E Roberto Willhame (AM) Ouvintes: Margareth Maloney (RO) e Alexandre.