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Paulo Hartung cede e dia 28 promete receber a CUT-ES, MST, MPA e professores da rede pública estadual

09/03/2016 - 12h06 - Sinttel-ES - Tania Trento
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O Dia Internacional das Mulheres no ES foi marcado por passeatas e a ocupação do Palácio Anchieta objetivando uma reunião com o Governador Paulo Hartung.

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Passeata das trabalhadoras da Educação da Rede Estadual

Cerca de 2 mil mulheres e homens dos movimentos sociais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Fórum de Mulheres do Espírito Santo e trabalhadoras na Educação da rede estadual – organizadas pelo Sindiupes – participaram da marcha de protesto que terminou com a ocupação do Palácio Anchieta,neste dia 8 de março. O governador Paulo Hartung, que nunca recebe os movimentos sociais e nem atende às suas reivindicações, não deu as caras. Porém, após 8 horas de negociação com as entidades sociais, somente às 23 horas a desocupação aconteceu, quando foi confirmada uma reunião para o dia 28 de março.

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Josandra Rupt, diretora da Sec. Gênero do Sindiupes

Além das reivindicações dos camponeses, professoras/es e demais trabalhadores que apoiam o MST e sua luta pela educação no Campo, exigem políticas públicas para as mulheres, uma vez que o ES é 2º Estado em assassinatos de mulheres no País. O Sindiupes, representado pela Secretária de Gênero, Josandra Rupf , entregou a pauta de reivindicações à subsecretária de Estado de Políticas para Mulheres, Fernanda Braumer, durante a ocupação do Palácio Anchieta.

A CUT, o MST e o MPA questionam o funcionamento irregular de escolas em assentamentos no interior do estado. Lutam contra fechamento das escolas do campo e querem o reconhecimento da pedagogia da alternância nas escolas de assentamento em tempo integral. Já o Fórum de Mulheres fez, pela manhã, dentro do “Bloco das Feministas na rua contra o machismo, o racismo e o capital”, uma passeata pelas rua de Vitória pedindo direitos iguais, no Dia Internacional da Mulher.

20160308_112616Cerca de 400 professoras/es e trabalhadoras/res na educação da rede pública estadual, que estiveram reunidas/os em assembleia durante a manhã, no auditório do Alice Hotel, saíram em passeata da praça Getúlio Vargas e se juntaram aos outros manifestantes próximo à Faculdade de Filosofia (Fafi) seguindo juntos para a sede do governo na Cidade Alta.

Negociações
Os manifestantes negociaram com o secretário da Casa Civil, Paulo Roberto Ferreira, e outros representantes do governo. Mas o governador não apareceu.  A resistência dos manifestantes arrancou uma agenda com o governador no dia 28 de março e com o secretário de Educação Haroldo Rocha no dia 11.

“Em relação à Educação no Campo, não queremos o fechamento das escolas do campo e exigimos o reconhecimento da pedagogia da alternância nas escolas de assentamento em tempo integral. Também tem a questão da seca, que nesse tempo o governo não apresentou nenhum projeto para os camponeses. Também queremos discutir a obtenção de crédito, a reforma agrária, entre outros pontos”, explicou representante do setor de Educação do MST, Roni Mara Martins Lima.

E no caso do magistério, disse Josandra, queremos o plano de carreira, o reajuste salarial, o pagamento dos precatórios da trimestralidade, nada de fechar turmas e escolas da EJA, por um novo projeto de Escola Integral (não à Escola Viva), pois já estamos em Estado de Greve, como encaminhamento da assembleia realizada hoje.

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O Movimento do Pequeno Agricultor (MPA) reforçou que a ocupação tem duas reivindicações centrais: além do fechamento de escolas na zona rural, tem a falta de ajuda do governo para os agricultores que estão sofrendo com a seca.

Além das pautas locais, os manifestantes também ocuparam o palácio para protestar contra a contaminação do Rio Doce pela lama da Samarco e contra as mudanças no sistema previdenciário, que segundo eles, afeta diretamente os trabalhadores do campo.

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Ocupação

A ocupação foi protagonizada pelo MST e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), mas apoiada por integrantes dos demais movimentos. “Os seguranças não deram conta. A construção do movimento neste 8 de março foi conjunta entre várias entidades. A ocupação em si partiu do MST e MPA, porque desde novembro do ano passado querem falar com o governador que não os atende.  Nós nos juntamos à luta para fortalecer o movimento”, disse Noêmia Simonassi, presidente da CUT e diretora do Sindiupes..

Dentro do Palácio, os manifestantes serviram um jantar preparado pelas integrantes do MST, MPA e Forum de Mulheres.

 

 

 

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