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Operadoras de Telecom se juntam em ofensiva contra os trabalhadores

21/09/2023 - 14h15 - Sinttel-ES - Tania Trento
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A Campanha Salarial nas Operadoras de Telecom para renovação dos Acordos Coletivos de Trabalho 2023/2025 tem se revelado um plano diabólico de descaso e desrespeito com os trabalhadores e trabalhadoras nesse lucrativo setor das Telecomunicações.

A data base da categoria é 1º de setembro. Porém, nas gigantes, até agora só a VIVO propôs reajuste. E pasmen! de 2,5%, para agosto do ano que vem. É um delírio, pois esse índice não repõe as perdas salariais do período (de set/22 a ago/23), que é de 4,06% (INPC). A reunião que aconteceria no dia 21 foi adiada sem data definida.

A CLARO, num delírio mais agudo, propôs manter o Acordo por mais dois anos, sem qualquer reajuste. É ZERO % para salários e benefícios, com um discurso mentiroso que a geração de receita da empresa não acompanha o crescimento das despesas e que teme o futuro. É como se o Brasil estivesse sendo governado ainda pelo inelegível. Uma possível reunião pode acontecer na quinta-feira, 27, ainda não confirmada. O Acordo Coletivo na CLARO este ano é de renovação total. Não é apenas de reajuste financeiro das cláusulas econômicas.

A TIM, apesar de ter realizado duas reuniões, também não propôs nada e marcou uma mesa presencial no Rio de Janeiro para a primeira semana de Outubro.

A empresa que ofereceu o INPC integral de 4,06% para salários e benefícios foi a ALGAR Telecom. E mesmo assim, para o Janeiro de 2024, o que foi rejeitado pela representação dos trabalhadores e trabalhadoras. A ALGAR detém somente 2% do mercado.

Pauta de Reivindicações

As comissões de trabalhadores da Federação LiVRE, que reúnem os sindicatos (Sinttel) representando a categoria nos estados de AM, CE, ES, PE, RJ, RN e RO enviaram a pauta de reivindicações com apenas sete itens no início de agosto para as operadoras ALGAR, ANGOLA CABLES, OI, VIVO e TIM.

1.Reajuste de 5% nos salários. O INPC que mede a inflação de set/22 a ago/23 é 4,06%.

2.Reajuste de 10% nos benefícios;

3.Ajuda de custo de R$ 250,00 mensais para os trabalhadores em regime de home office (teletrabalho);

4.Licença paternidade de no mínimo 10 dias (para quem ainda não tem);

5.Negociação coletiva em caso de reestruturação que levem a demissões;

6.Homologações das rescisões contratuais com a participação da entidade sindical;

7.Obrigatoriedade de as empresas prestadoras de serviços cumprirem as convenções e/ou acordos coletivos já existentes. Após a aplicação do reajuste reivindicado acima, o benefício alimentação terá seu valor unificado para todos e pelo teto;

8.Manutenção de todas as demais cláusulas dos atuais Acordos Coletivos de Trabalho.

Reclamam de barriga cheia

As empresas ignoraram as reivindicações e fazem um jogo combinado para não reajustar salários esticando e protelando o fechamento dos acordos coletivos.

As telerreuniões se resumem em encontros com muito papo furado onde as Operadoras e seus interlocutores fazem avaliações equivocadas e muito pessimistas do cenário econômico do País, encenando justificativas para a falta de propostas que atendam minimamente às reivindicações da Federação LiVRE. Todos sabem que o momento político e econômico que vivemos não é negativo.

Já para o mercado, tanto a filha mexicana CLARO Brasil, como a espanhola Telefónica VIVO, por exemplo, estão pra lá de saudáveis. Os resultados apresentados no segundo trimestre/2023, apontam aumento da receita operacional líquida de 7,5% (R$ 11,3 bilhões) na CLARO e 7,6% (R$ 12,73 bilhões) na VIVO.

Já a italiana TIM teve lucro líquido normalizado de R$ 638 milhões e crescimento de 9,2% na receita operacional líquida.

A Agência de Investimento XP vem chamando a VIVO e a TIM de “príncipes” da bolsa de valores, devido à valorização de suas ações. A VIVO vendeu suas torres por R$ 641 milhões e teve crescimento da receita em 10,4% acima da inflação.

A Oi, que foi a maior e mais importante Operadora de Telecom do Brasil, ainda é uma incógnita para os trabalhadores e trabalhadoras, pois a primeira reunião está agendada para o dia 29 de setembro.

As Comissões de Negociações da LiVRE não abrem mão de reajustes salariais e nos benefícios na data base, setembro. Querem acabar com a discriminação nos auxílios-alimentação, que têm valores diferenciados para trabalhadores de Loja, Campo, Atendimento e Administrativos em algumas Operadoras. Querem valorização da ajuda de custo para o Teletrabalho, conquistar Auxílio-creche para os empregados (pais), acompanhar as homologações de rescisões de contrato e que as empresas contratadas (terceirizadas) respeitem as Convenções e Acordos Coletivos locais.

A Federação LiVRE aguardará as próximas reuniões para ver se as Operadoras sentarão à mesa de negociação com o devido respeito e propostas robustas para as reivindicações.

As empresas se juntaram para pressionar e explorar ainda mais os/as empregados/as. Os sindicatos já estão unidos para resistir e enfrentar com grandes mobilizações mais essa ofensiva dos patrões.

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