No comunicado divulgado pela assessoria de imprensa, a empresa assinala que este ano “é desafiador em todo o contexto macroeconômico do país e também no setor de telecomunicações”. Com o corte de postos de trabalho a Oi pretende reduzir 20% de suas despesas com pessoal. No balanço do próximo trimestre, os custos dessas demissões deverão ser informados.

Conforme a companhia, o planejamento para 2015 tem como foco o controle de custos e o ganho de agilidade na tomada de decisões. “ A companhia elaborou e vem executando desde outubro de 2014 mais de 250 ações com esse propósito, como redução de despesas administrativas (gastos com viagens aéreas e deslocamentos de táxi), limite de horário para consumo de energia elétrica, controle rigoroso da jornada de trabalho e renegociação de contratos com fornecedores”, afirma.

Almir Munhoz, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fenattel) e do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel), confirma as demissões. Segundo ele, as pessoas serão dispensadas ao longo de todo o mês de abril. A Federação negociou com a Oi para que fossem garantidos alguns benefícios, como extensão do prazo do plano de saúde.

Ele diz, ainda, que as vagas eliminadas são em todo o país, mas a maior parte está no Rio de Janeiro. As demissões ainda são resquício da fusão entre Oi e Brasil Telecom, ocorrida em 2008. “A empresa vinha mantendo a sobreposição de cargos. Enquanto os funcionários dessas empresas puderam conviver, conviveram”, resume.

O sindicalista confirma, ainda, demissões da Nextel, também de cerca de mil trabalhadores. Neste caso, os postos eliminados foram no setor de telemarketing, em São Paulo. “A empresa migrou o atendimento para uma empresa terceirizada no Piauí”, explica. Número similar de demissões aconteceu na Telefônica Vivo, mas no final do ano passado. Novamente, Munhoz explica que os motivos foram a sobreposição de cargos devido à fusão da concessionária fixa com a operadora móvel.