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Oi quer “ferrar” os/as trabalhadores/as

18/11/2015 - 19h16 - Sinttel-ES - Tânia Trento | Jornalista | Reg. Prof. 0400/ES
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assedio2Mais indecente que as demais operadoras, a proposta da Oi foi rejeitada categoricamente na mesa de negociações, depois de oferecer 5,5% de reajuste no tíquete só em Janeiro do ano que vem, NADA DE REAJUSTE SALARIAL e manutenção do atual acordo até 31/10/2016. Próxima reunião dia 25/11.

Nesta terça-feira, dia 17/11 foi realizada a primeira reunião visando o início das negociações do Acordo Coletivo 2015-2016. O pau quebrou depois que a empresa fez uma proposta mais que absurda: não reajustar os salários, pois nem o INPC (o que a inflação comeu dos salários) ela pretende repor.
A Comissão de Trabalhadores, representada pela Fenattel (nossa federação), não deixou baixo. Insistiu na necessidade da reposição nos salários e em todos os benefícios da inflação do período, mais ganho real. Após quente debate, quando os membros da Comissão demonstraram toda a insatisfação com tão absurda proposta, a reunião foi encerrada e as discussões serão retomadas no próximo dia 25/11.
As operadoras de telefonia estão em conluio
A proposta da Oi é tão ou mais ruim que a da Telefônica Brasil (Vivo/Telefônica/GVT) e do Grupo América Móvel (Claro/Embratel/Net). Ou seja, elas se juntaram e apresentaram propostas que, sequer, repõem as perdas salariais (INPC), reajuste ZERO para os tíquetes, retiraram/substituíram benefícios, precarizando ainda mais as condições de trabalho da categoria.
A reunião… a choradeira… a proposta
Como sempre, os representantes dos/as trabalhadores/as, membros da Comissão, tiveram que escutar as tradicionais lamúrias dos patrões sobre a crise, a crise, a crise… Ou seja, o disco continua sendo o mesmo. Se fosse ainda em vinil, já teria furado.
No início da reunião, pela manhã, o responsável pela Área de Planejamento e Controle Financeiro da Oi, Ricardo Goulart, fez uma apresentação dos resultados da empresa neste ano. Pontuando os problemas vivenciados com receita em baixa e custos em alta, mas também com uma melhoria no desempenho operacional, apesar do balanço divulgado, na semana passada, apontar um prejuízo acumulado de R$ 1 bilhão em 2015.
assedio1Compra/venda/fusão/incorporação da Tim
Finda a apresentação, a Comissão aproveitou para cobrar mais detalhes sobre o que Goulart chamou de “consolidação do setor”, ou seja, a compra/venda/fusão/incorporação da Tim. Goulart oficializou a posição da Oi, por entender ser este um caminho inevitável para o setor e que a empresa, através do aporte de US$ 4 bilhões por um fundo de investimento europeu (LetterOne) e da venda da Portugal Telecom, pretende “entrar por cima” neste momento em que as negociações já ocorrem entre os sócios da Oi e da Telecom Itália, na Europa.
Placar/2015
Cobrou-se, também, os números do Placar 2015 para que soubéssemos ao menos a tendência, já que ainda faltam os resultados do último trimestre. A empresa confirmou que, apesar dos números negativos até agora, HAVERÁ o pagamento do prêmio. Porém, segundo o diretor de Relações do Trabalho, Marcos Mendes, este será “abaixo de nossas expectativas” e que o presidente, Bayard Gontijo, irá falar deste assunto dentro de mais alguns dias.
Proposta da Oi para a Pauta de Reivindicações
A segunda parte da reunião começou com a diretoria da empresa afirmando não ser possível atender nossa pauta de reivindicações. E que “os números que dispõem para proceder as negociações conosco, este ano, não contemplam sequer o INPC do período e que teríamos que ser muito criativos para encontrar um ponto de acordo”. Em seguida, apresentou sua proposta indecente:
1) Manutenção do atual acordo coletivo até 31/10/2016;
2) Reajuste do tíquete alimentação/refeição em 5,5% (passando para R$ 28,80), a partir de 01/01/2016.
Tão indecente quanto as demais operadoras, a proposta da Oi foi rejeitada categoricamente na mesa de negociações, com a Comissão insistindo na necessidade da reposição nos salários e em todos os benefícios da inflação do período mais ganho real.
Diante da postura despudorada da empresa, em apresentar índices tão infames, fica o alerta: se não lutarmos não haverá sequer a reposição das perdas da inflação. Haja vista o que foi proposto na primeira reunião. A CRISE NÃO É NOSSA E NÃO VAMOS PAGAR POR ELA!

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