A Oi publicou no final desta quinta-feira, dia 28, o Instrumento Particular de Escritura para a emissão pública de R$ 1,5 bilhão em debêntures, com prazo de resgate até 2019.
Os recursos, segundo o documento, destinam-se à “(a) composição de seu capital de giro, (b) reestruturação e alongamento do perfil de endividamento da Emissora, e (c) realização do plano de investimento da Emissora (CAPEX)”.
Um fato importante de ser observado é que com esse novo endividamento, a Oi chega exatamente à relação de 3,0x entre dívida líquida e EBITDA, assumindo-se que os recursos não sejam utilizados para paragar nada da dívida já existente. Passando-se este limite, a consequência é que a companhia não precisa mais distribuir dividendos dentro do que havia sido colocado como referência ao mercado. É provável que a Oi abata parte da dívida de menor prazo para manter essa relação próxima (mas ainda abaixo) de três. De qualquer forma, a Oi chegará ainda mais perto do limite de endividamento para continuar trabalhando sem mexer em sua política de dividendos.
As debêntures devem ser complementadas por mais R$ 1,2 bilhão em notas promissórias cuja emissão também foi aprovada na última assembleia da empresa, no dia 20. Chama a atenção o curto prazo das promissórias, de apenas 90 dias, indicando que elas buscam atender a uma necessidade de caixa imediata da empresa.