Gratificação mais que justa
A mesma história se repete hoje, quando se fala em acabar com a escala 6×1. O mesmo jornal – representante dos empresários tem a cara de pau de dizer que a redução da escala de trabalho vai trazer impacto negativo em 16% do PIB. Como eles calculam isso, você já se perguntou?
“Desastroso para o país”
Em 1962, o Brasil conquistou o bicampeonato na Copa do Mundo. O título veio num 3 a 1 de virada contra a Tchecoslováquia, com Garrincha jogando com febre de 38 graus e o time desfalcado de seu principal craque — Pelé havia se lesionado ainda no segundo jogo.
Mas pouca gente conhece a história de uma outra conquista daquele ano: a do 13º salário, gratificação garantida em lei sancionada pelo presidente João Goulart em 13 de julho de 1962.
“O 13º salário é um desses casos de reivindicação surgida no chão da fábrica, legitimada nas relações costumeiras entre patrões e empregados em algumas firmas, transformada em lei às custas de greves, demissões, abaixo assinados, prisões e cuja memória é depois ofuscada pelo brilho da lei que supõe-se, como toda lei, deve ter sido iniciativa de algum presidente, deputado ou senador”, escreve o historiador Murilo Leal Pereira Neto.
Conheça a história de como, num ano de inflação em alta e embates aguerridos entre direita e esquerda na política, trabalhadores foram à greve geral 18 dias após o bicampeonato mundial e conquistaram o pagamento.
Tudo isso aconteceu sob protestos dos empresários e do mercado financeiro da época, conforme registrou o jornal O Globo, que no dia 26 de abril de 1962 estampou na sua manchete: “Considerado desastroso para o País um 13º mês de salário”.
O desastre não veio e hoje 60 milhões são beneficiados com o rendimento adicional, segundo o Dieese. Assim como não virá se a escala de 5 dias de trabalho e 2 dias de folga for implantada. Dar melhores condições de trabalho, aumenta a produtividade e reduz doenças ocupacionais, mentais, reduz atestados médicos e acidentes de trabalho. Além disso, permite aos trabalhadores e trabalhadoras ter uma vida mais digna, com lazer em família e descanso.
Só os governos de esquerda pensam nos trabalhadores. O atual congresso nacional, cuja maioria dos deputados é de direita e extrema direita, ou são empresários ou representantes dos empresários. Ainda tem os bilionários que não estão nem aí para o país.
É hora de irmos à luta e pensar bem em quem vamos votar no ano que vem. Aqui no ES vamos eleger dois senadores e 10 deputados federais. A conquista do 13º salário é um exemplo atual de como os trabalhadores podem acabar com a escala 6×1.
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Você, trabalhador e trabalhadora no setor de Telecom sabe que o SINTTEL-ES sempre estará ao seu lado, portanto SINDICALIZE-SE. A contribuição é de 1% do salário base ao mês e certamente define o comportamento das empresas com os/as trabalhadores/as. Quanto mais sindicalizados ao SINTTEL-ES maior a chance de conquistas. O SINDICATO É SUA GARANTIA.
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