Informe Oi
Há pouco tomamos conhecimento da saída do presidente da Oi, Marco Schroeder. É fato que isto fazia parte de nossa análise de cenário há algum tempo, portanto, não fomos surpreendidos. Ao mesmo tempo, temos ciência que é a pior notícia do ano para todos que estão ligados à empresa tirando, óbvio, os responsáveis por sua saída.
Quando da renúncia do ex-presidente Bayard, entendíamos que somente um nome “da casa” teria condições de tocar a empresa num cenário tão adverso. Schroeder assume e, logo em seguida, a empresa entraria com um pedido de recuperação judicial (antes de um default de parcela impagável da dívida, o que levaria inevitavelmente a um pedido de falência).
Neste, mais ou menos um ano e meio, a empresa parou de afundar e o barco começou a ficar acima da linha d’água. Voltou a ser uma empresa de telecom e não apenas de business como era pensada anteriormente. Melhorou a qualidade e a gestão de pessoal. Trouxe para seu controle direto uma grande parte da rede que se encontrava entregue às traças ou, melhor dizendo, às baratas.
Falta muito a ser feito, claro.Afinal de contas, são muitos anos de má gestão e com sócios controladores que nunca pensaram em nada e ninguém, a não ser neles mesmos!
E agora?
Estamos todos a pensar nisto. A saída de Schroeder se deu por não mais aguentar conviver com o submundo do capitalismo. Os atuais controladores fazem parte do que existe de pior neste ambiente. Verdadeiros sanguessugas e parasitas que se instalam no organismo e sugam, sugam até o fim a energia de qualquer organismo.
Nos preparemos para enfrentar tempos ainda mais difíceis pela frente
É possível que a Anatel opte pela intervenção na próxima semana. Também é possível que haja uma debandada na atual diretoria.
Ainda bem que tivemos a competência de renovar o acordo coletivo de trabalho. Acordo aprovado e assinado tem que ser cumprido.
Só de uma coisa temos certeza: a Fenattel e o Sinttel estão muito ligados e ao seu lado!
Marcelo Beltrão
Diretor de Comunicação da Fenattel