Nas reuniões dos dias 19 e 20 de janeiro, mais uma vez a CLARO não apresentou NADA. Aliás vem fazendo isso há cinco meses.
A empresa quer dar um golpe nos/as trabalhadores/as propondo aumentar o target do PPR/2016 de 2,2 para 2,4 salários bem no meio das negociações salariais. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Nosso problema agora é reajuste salarial e nos benefícios. E isso a empresa não melhorou nada. PPR é outra negociação a ser feita depois de março/2016.
— Queremos reposição pelo INPC de 9,88% em 1º de setembro de 2015.
— Queremos reajuste do VA e VR para os/as trabalhadores/as da Embratel que está congelado há mais de um ano e a equiparação do VR da Claro, conforme foi pactuado em 2014.
— NÃO à redução e retirada de direitos conquistados e garantidos nos acordos da Claro/Embratel
De patrocinadora oficial das Olimpíadas do Rio/2016, a Operadora Claro – agora Grupo Claro – está sendo chamada de EXPLORADORA de empregados.
A proposta dessa empresa, que no geral não repõe aos salários e benefícios nem a inflação do período; também retira direitos, para ajustar os acordos coletivos, que precisam ser um só.
Mas no capitalismo é assim, não basta ser a maior empresa de telefonia da América Latina e Caribe. É preciso comprar as outras empresas e crescer para dominar o mercado. E aí não querem nem saber quem está na base dessas empresas. Que o diga Carlos Slim, dono do Grupo America Movil, contolador desse novo grupo em que juntou as empresas Claro, Embratel e Net.
Quanto mais GANÂNCIA dos empresários, menos salário, menos benfícios para os /as trabalhadores/as. Em 2014, o Grupo América Movil faturou nas Américas do Sul e Central e no Caribe 60 Bilhões de Dólares (receita líquida). Multiplica isso por R$ 4,30 e chegaremos à baba de R$ 258 bilhões. Metade de toda essa grana saiu do Brasil, nada menos que R$ 129 bi.
Além de enrolar, poi já estamos há quase 5 meses sem reajuste (data base 1º de setembro), o Grupo Claro não oferece nada que recupere TOTALMENTE o poder de compra dos salários. Quer dar uma merreca e ficar devendo uma perda salarial e congelar e cortar benefícios dos/as trabalhadores/as
O Grupo Claro quer que os empregados avaliem novamente a proposta recusada no dia 16 de dezembro, quando o Sinttel-ES realizou assembleias. Avaliar o quê?
Reajuste de 6,5% em setembro e mais 1,41% em janeiro de 2016; Abono Salarial de 18% – que não incide nas férias, 13º Sálários, FGTS e aposentadoria -, Congelamento do VA/VR e retirada de direitos?
No Brasil, alguns Sinteis ligados à Fitratelp (DF, MA, MG, PA, PB, PI, SE, RS) aprovaram a proposta do Grupo Claro imediatamente à negociação com a empresa. Outros 22 Sintteis são ligados à Fenattel. Desses 22, a maioria recusou a proposta da empresa, como aqui no ES e no Rio de Janeiro.
O Sinttel-ES tem uma grande preocupação.Os estados insatisfeitos, como aqui, farão mobilizações e paralisações, se arriscando, pressionando a empresa a mudar de postura. E, se por causa disso, a empresa mudar sua proposta, os 8 estados, em foi aceita a proposta de ACT, vão receber os ganhos? Ou seja: nós vamos para o desgaste enquanto os “coleguinhas” e a empresa assistem de camarote?