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Só falta o chicote e o tronco!

Na quarentena, essencial para as empresas é o lucro

06/04/2021 - 18h26 - Sinttel-ES - Tania Trento
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A lista de empresas no setor de Telecom no ES, que colocam trabalhadores/as em situação de risco, após as medidas restritivas decretadas pelo Governador Casagrande, no dia 15/03,  não para de crescer. As denúncias chegam pelo canal de atendimento Whats App do Sindicato, dando conta de atitudes que visam somente o lucro, em detrimento dos protocolos sanitários da pandemia, em que a vida dos trabalhadores não tem o menor valor.

O SINTTEL-ES tem mantido contato com as empresas, encaminhando os problemas e pedindo que o tratamento aos trabalhadores seja humanizado e de proteção à vida, diante da velocidade de infecção pelo Coronavirus e as novas cepas. Não é momento de penalizar os trabalhadores, cobrando o cumprimento de metas, não oferecer transporte digno e exigir presença, não dar equipamentos e exigir atendimento. É hora de todos nós exigirmos vacinas para os trabalhadores essenciais. Se são essenciais para o trabalho, precisam ser essenciais na prioridade da vacinação, pois estão expostos.

Parceiras do Coronavirus e as novas cepas

O governo criou um serviço de informação para esclarecer o que é essencial que funcione durante a Pandemia pelo Telefone 27 3194-3730. E o setor Telecomunicações/internet está no item 9 do decreto. Porém, é uma definição tão ampla que dá margem até para empresas comerciais – autorizadas das operadoras que vendem telefones – se auto intitulem essenciais e obrigam os/as empregados/as a trabalhar em salas minúsculas, quentes, sem ventilação ou ar refrigerado, fazendo telemarketing de vendas, durante 8 horas por dia, nos shoppings da Grande Vitoria e em cidades do interior do Estado.

Neste roll entram a Commcenter, Claro, Vivo, Elo Telecomunicações, Sollo Brasil, Sousa Pinto e várias outras.

Desde a primeiro dia da quarentena, no dia 15 de março, as lojas Commcenter nos Shoppings Vila Velha, Boulervard, Moxuara e Mestre Álvaro, na Glória (Vila Velha), em Laranjeiras (Serra), Centro de Vitoria e Campo Grande (Cariacica) funcionam como se não houvesse decreto e restrições. A empresa não respeita o distanciamento social. Aglomera os funcionários em mesas que não cabe um, fazendo telemarketing de vendas de celulares. Mesmo com os shoppings fechados, sem ar refrigerado, é preciso vender, lucrar, explorar. Todas as lojas são da VMT Telecomunicações Ltda.

Se vire!

Com a suspenção do transporte coletivo, é obrigação das empresas providenciar o transporte de seus empregados que precisam se deslocar. A VTM Telecomunicações não transporta, mas exige a presença dos “colaboradores” nas lojas, não contribui com o combustível de quem tem moto ou automóvel, não paga o carro de aplicativo e ainda impõe 8 horas de jornada contra as 6 horas do telemarketing que está impondo aos (ex)executivos de vendas. Ou seja, é vender telefone a qualquer custo e melhor: se todos os problemas forem jogados na conta dos trabalhadores.

Essa empresa segue a Convenção Coletiva dos Comerciários, pois os pisos salariais são mais baixos, mas quando as medidas restritivas impedem a abertura do comércio, ai ela se torna uma empresa essencial de telecomunicações, burlando as normas que buscam preservar a vida contra a Covid-19. E a Vivo, apesar de ter sido informada das condições a que os empregados estão submetidos na sua autorizada, não faz cara de paisagem, sem ao menos minimizar que seja, o sofrimento dos empregados da Commcenter.

Sousa Pinto dá férias coletivas de 6 dias e para somente meia dúzia de funcionários

Num flagrante desrespeito à legislação trabalhista, a Souza Pinto Adv Associados, colocou de férias coletivas alguns trabalhadores, os que não têm internet em casa. Acontece que férias coletivas deve abranger todos os empregados e não pode ser inferior a 10 dias.

O Sindicato interveio e avisou a empresa que estava errado esse procedimento, agravado pelo não aviso de férias e nem o pagamento do direito.

Mesmo assim, a empresa vem insistindo no erro e à medida que o Governo do Estado estende a quarentena em defesa da vida, ela também estende o prazo das férias e até a edição dessa matéria não pagou as férias dos trabalhadores.

Claro e Vivo continuam maltratando os empregados

As lojas próprias da operadora Claro continuam funcionando no calor escaldante dos shoppings centers vazios, às moscas,  e que desligaram o ar condicionado central. São obrigados a fazer telemarketing. As lojas da Vivo também permanecem abertas sob o rótulo de serem essenciais à sociedade. Essenciais para quem, se ninguém deve sair de casa?

O SINTTEL esteve no shopping e flagrou a situação que foi levada à diretoria das Operadoras!

Loja da Vivo no Shopping Vitoria

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