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MRTEL/GVT e Sinttel se reúnem pela 1ª vez

09/02/2015 - 9h50 - Sinttel-ES - Nilson Hoffmann
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Reunião com os trabalhadores

Finalmente a MRTEL e o Sinttel-ES fizeram a primeira reunião para discutir os problemas nas relações trabalhistas com os empregados. Realizada no sábado (07/02) um dia depois que os trabalhadores fizeram uma paralisação, o diretor da empresa, Sr. Hugo Neto recebeu o presidente e o tesoureiro do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann e Wilson Leão, respectivamente, e uma Comissão de Trabalhadores:  Edmar, Magno e Marcos Paulo. As discussões trataram das reclamações feitas pelos empregados sobre horas extras, pagamento de produtividade, aplicação em demasia de punições, alta rotatividade, emissão de CAT, entre outras. Hoje, dia 10, o Sindicato re reuniu com os empregados para levar o que fora discutido com a empresa, nos seguintes itens:

Horas extras
Os trabalhadores reclamaram que a empresa se recusa a pagar horas extras, o que são obrigados a fazer todos os dias. A empresa informou que está adotando um novo sistema de controle que dará transparência e possibilidade de correção de possíveis falhas. As horas extras efetivamente trabalhadas serão lançadas e pagas ou folgadas. Os trabalhadores receberão um espelho podendo fazer os ajustes caso a caso.
Jornada de Trabalho
Este é um assunto bastante reclamado pelos trabalhadores. Hoje a empresa adota escala 6X1, com jornada diária de 7:20 horas de segunda a sábado. Eventualmente trabalha-se no domingo, mas sem uma escala regular. O Sinttel sugeriu à empresa que fosse adotada a Escala Espanhola, ou seja trabalha-se um sábado sim e outro não, compensando as 4 horas de um sábado em outro, permitindo ao trabalhador mais dias de folga para descanso e lazer. A empresa ficou de estudar e, como é de interesse dos trabalhadores, não vê problemas em adota-la. A empresa informou, também, que não mais fará atividades em dias de domingos, salvo se for em uma situação especial.

O presidente do Sinttel, Nilson Hoffmann, fez uma explanação das propostas apresentadas pela empresa

O presidente do Sinttel, Nilson Hoffmann, fez uma explanação das propostas apresentadas pela empresa

Plano de Saúde
A MRTEL informou que disponibiliza um plano de saúde para os trabalhadores, através de um contrato com a SAMP, a um custo de R$ 25,00 por empregado.
Rotatividade
Outra reclamação dos trabalhadores foi a alta rotatividade, em que são contratados na segunda-feira e na sexta-feira já estão indo embora. A empresa tem ciência do problema, mas justifica que está desempenhando uma atividade nova para ela que é o Contrato com a GVT e que está se adaptando a essa nova realidade.
Produtividade
Os empregados denunciaram ao Sinttel-ES que o pagamento da produção não é transparente, gerando reclamações todos os meses, e ainda só recebem alguma hora extra se atingirem a meta de instalações. O diretor Hugo Neto explicou que a empresa adota um sistema de pontuação no cumprimento das metas: no mínimo 600 pontos para receber a produção. Se o trabalhador não fizer os 600 pontos no mês, mas fizer 28 pontos por dia, que são, por exemplo, quatro instalações diárias, paga-se a produtividade atingida nos dias em que o Instalador fizer pelo menos os 28 pontos. Cada ponto vele R$1,00 (um real).
CAT
Outra denúncia foi que a MRTEL/GVT se recusa a abrir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Nesse item a empresa se comprometeu em abrir as CATs imediatamente após os acidentes. Aqueles que se envolveram em algum acidente e ainda não tiveram a sua CAT aberta, devem procurar o RH da empresa para que isso seja providenciado.

Falta de estepe e extintores nos veículos
Segundo os empregados, os veículos da empresa não possuem extintores e o estepe, o que já rendeu multa e pontos na carteira de habilitação dos trabalhadores que dirigem os veículos. A MRTEL/GVT assumiu que alguns estepes da sua frota desapareceram e por isso não fez a reposição. Porém, garantiu que quando há algum problema, o trabalhador liga e o socorro da empresa vai até o local para fazer a troca do pneu. Também informou que mesmo nos carros agregados, quando há problemas, a empresa fornece outro veículo para que o trabalhador não fique parado. Quanto aos extintores, a empresa disse que está fazendo a substituição pelo modelo ABC, como manda a legislação.  Ela garantiu que assume as multas e a pontuação nas CNHs quando acontece de alguém ser multado.

Salário, carros agregados e CCT
Nessa primeira reunião com o Sinttel, a MRTEL/GVT informou que não contrata somente empregados que tenham carros. Ela tem uma frota e fornece o veículo para os trabalhadores. Para aqueles que possuem carros agregados a empresa paga R$ 800,00 de aluguel. Paga, ainda, R$ 100,00 de gratificação para dirigir veículos próprios da empresa e também para os que são agregados. O combustível é por conta da MRTEL.

O salário inicial é de R$ 1.000,00 mais o adicional de periculosidade de 30%. A empresa fornece café da manhã todos os dias, e tem ainda, uma cesta básica de alimentos (em torno de R$ 150,00) como prêmio para os empregados que não se atrasam ou que não tenham faltas injustificadas.

 Em reunião realizada hoje, 10/02, com os trabalhadores, o Sinttel deixou claro que vai acompanhar todos estes pontos que foram discutidos com a empresa, e que os trabalhadores, na medida do possível, deverão manter o sindicato informado, sobre qualquer acontecimento relacionado para que possamos, acionar a empresa e discutir quantas vezes forem necessárias, até que tenhamos uma estabilidade na relação da empresa com os trabalhadores.

 

 

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