Em dezembro, tradicionalmente, em razão da forte presença de fatores sazonais negativos (entressafra agrícola, término do ciclo escolar, fim das festas do final do ano, fatores climáticos) que perpassa quase todos os setores e subsetores, o nível de emprego teve redução de 449.444 postos de trabalho (-1,10%), declínio menor que o ocorrido em dezembro de 2012 quando foram perdidas 496.944 postos de trabalho (- 1,27%). A queda de dezembro originou-se de 1.094.522 admissões, e de 1.543.966, desligamentos, ambos constituem o quarto maior resultado para o período .
Segundo avaliação da equipe técnica do MTE, os dados de 2013 demonstram a continuidade do movimento de expansão do emprego formal no país, ainda que tenha ocorrido uma redução do ritmo de crescimento quando comparado aos anos anteriores. Apesar da desaceleração apresentada em 2013, o mercado de trabalho formal vem apresentando, pelo quinto mês consecutivo, um maior dinamismo frente ao mesmo período do ano anterior.
Para o ministro Manoel Dias, o resultado de 2013, demonstra que o Brasil, mesmo com a desaceleração, segue num movimento contínuo de geração de empregos. “Nos últimos anos estamos mantendo uma geração contínua de empregos, numa média de 1 milhão de empregos anuais. Além disso, tivemos um ganho real de 42,91% no salário médio de admissão que passou de R$ 772,58 em 2003 para R$ 1.104,12 em 2013. Isso demonstra que o mercado de trabalho brasileiro, mesmo com o país não tendo crescido o esperado, continua gerando empregos. Somente no governo da presidenta Dilma foram 4,5 milhões de postos gerados, um crescimento de 10,23%”, acentuou o ministro.
Análise por setor e geográfica
Em termos setoriais, houve crescimento nos oito setores da economia, com um melhor desempenho no setor de Serviços, com geração de 546.917 postos (+3,37%); seguido do Comércio, com 301.095 (+3,36%); Indústria de Transformação, com 126.359 postos (1,54%) – resultado superior ao registrado em 2012 (+86.406 postos); Construção Civil com 107.024 postos (3,44%); Administração Pública, com 22.841 postos (2,62%) – melhor resultado nos últimos quatro anos; Extrativa Mineral com 2.680 postos (1,20%); e Agricultura que gerou 1.872 postos (0,12%).
Segundo análise por recorte geográfico, ocorreu expansão generalizada do emprego em todas as grandes regiões, com duas delas registrando desempenho mais favorável em relação ao ano anterior. A região Sudeste gerou 476.495 postos (+2,24%); a Sul com mais 257.275 postos (+3,64%), saldo superior ao verificado em 2012 (+234.355 postos); a Nordeste com 193.316 postos (+ 3,02%), resultado superior ao ocorrido em 2012 (+190.367 postos); Centro-Oeste que criou 127.767 vagas (+4,23%); e a região Norte com mais 62.318 postos (+3,43%).
Quase todas as Unidades da Federação apresentaram elevação do nível de emprego em 2013, com destaque para São Paulo, +267.812 postos ou +2,14%; Rio de Janeiro, +100.808 postos ou +2,67%; e Paraná, +90.349 postos ou +3,50%,
No conjunto das nove Áreas Metropolitanas houve um crescimento de 2,02% em 2013, representando a geração de 331.229 postos de trabalho. As áreas que mais se destacaram, em termos absolutos, foram São Paulo, com geração de 129.401 postos ou +1,93% e Rio de Janeiro, com mais 72.827 postos ou +2,54%.
Aumento na Renda
Em 2013, os dados do Caged demonstram um crescimento nos salários médios de admissãoem relação ao ano de 2012. O salário médio de admissão passou de R$ 1.076,23 em 2012 para R$ 1.104,12 em 2013, um aumento real de 2,59%, tomando como referência os salários médios dos respectivos anos e o INPC médio.
Nos últimos 10 anos, os salários médios de admissão saltou de R$ 772,58 em 2003 para R$ 1.104,12 em 2013, correspondendo a um aumento real de 42,91%. Nos últimos três anos, o percentual de aumento foi da ordem de 10,75%, resultante da elevação do salário médio de admissão de R$ 996,91 em 2010 para os atuais R$ 1.104,12.