Começa a negociação
19/08/2021 – 19h07 – Federação Livre – Redação
Representantes da empresa, José Luiz Froes e Grazielle Viggiano, manifestaram interesse em fechar as negociações na data base (setembro) e a próxima reunião está marcada para o dia 26.
Nenhuma proposta foi apresentada pela TIM. Todos os itens da pauta foram amplamente debatidos, tendo a empresa ouvido atentamente os argumentos da Comissão de Negociação dos Trabalhadores para a necessidade da reposição integral da inflação (previsão + 10% INPC) nos salários e benefícios, neste momento de carestia elevada dos produtos e alimentos, o que afeta enormemente as famílias de trabalhadores e trabalhadoras.
A Federação LiVRE defendeu também um aumento na AJUDA DE CUSTO para o trabalho em home office que hoje é de R$80,00 e mais R$ 80,00 se não tiver internet da Tim na localidade onde mora o/a empregado/a. É bom lembrar que a TIM é a única operadora que descolou todo o setor de atendimento para o teletrabalho de forma definitiva.
O coordenador da Comissão e presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann, assinalou a necessidade da recomposição desse valor, diante dos elevados reajustes na tarifa de energia elétrica, gás de cozinha, água, aluguel, gasolina entre outras despesas que recaem para os empregados que trabalham em suas próprias casas.
Em função da situação que vive o país pandêmico, atravessando crises econômica, política e social com desemprego de 14 milhões de brasileiros, a Comissão da LiVRE defendeu a garantia dos postos de trabalho na empresa.
Acordo coletivo por 2 anos
Essa é uma reinvindicação muito importante nesse momento em que o governo Bolsonaro tenta, mais uma vez, implantar a Carteira Verde e Amarela, com a Medida Provisória 1.045, que já foi aprovada na Câmara dos Deputados e está em tramitação no Senado.
O texto da MP 1045 retira direitos trabalhistas, reduz o valor dos salários, dificulta acesso gratuito à Justiça do Trabalho e a atuação sindical. Com dezenas de jabutis (emendas que nada têm a ver com o projeto original) o texto traz de volta o modelo de contratação sem direitos e precarização das relações trabalhistas. Salários com pagamentos de bônus valendo metade do mínimo (R$ 1.100), redução nos depósitos do FGTS; o fim da contribuição obrigatória das empresas à Previdência (fim da aposentadoria); sem carteira de trabalho assinada, sem férias remuneradas e 13º salário, entre outras maldades ameaçam a proteção dos trabalhadores e do trabalho no país.
“Ninguém duvida que se a MP for aprovada, empresas vão se aproveitar da brecha e substituirão trabalhadores com contratos sem os direitos trabalhistas”, argumentou Nilson, reafirmando que os instrumentos (Acordo e Convenções) coletivos garantem direitos e benefícios que o Ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, e o genocida Bolsonaro tentam acabar com a ajuda de deputados e senadores.
A comissão da Federação LiVRE na TIM é composta por Nilson Hoffmann (Sinttel-ES) – Serginho (SinttelRio), João Alberto (Sinttel-CE), Gilberto Pirajá (Sinttel-RN) e José Félix (Sinttel-PE) e representa cerca de 4.600 trabalhadores/as na TIM dos estados do AM, CE, ES, PE, RJ, RN E RO.
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