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Hartung determina redução de 25% dos trabalhadores no Ciodes e Disque-Denúncia

20/02/2015 - 18h35 - Sinttel-ES - Tania Trento
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População terá, por dia, 540 chamadas não atendidas pelos call centers do Disque-Denúncia e 2.500 no Ciodes

O governador Paulo Hartung determinou a redução do quadro de funcionários do Ciodes (190) e Disque-Denúncia (181). A medida gerará o desemprego de cerca de 45 teleatendentes no call centers do Ciodes e de 13 no Disque-Denúncia. Isso significa uma redução no atendimento aos pedidos de socorro da população em cerca de 75 mil chamadas no Ciodes e em 16.250 ligações para o Disque-Denúncia por mês.

Para o Sinttel-ES, além da perda dos postos de trabalho, os trabalhadores que ficarem vão sofrer ainda mais a pressão e o stress emocional da atividade, uma vez que terão que fazer o trabalho de quem foi demitido. “Essa mudança vai piorar o atendimento e as condições de trabalho no Centro, pois é humanamente impossível absorver todas ligações sem reduzir a qualidade do serviço que é altamente estressante emocionalmente, causando doenças psicológicas e faltas ao trabalho”.

O Ciodes emprega, aproximadamente, 200 trabalhadores que operam o teleatendimento (190), divididos em 4 turnos durante 24 horas. A redução de 25% é um turno de trabalho, explica o presidente do Sinttel-ES, Nilson Hoffmann, destacando a demanda de 10 mil ligações diárias que o Centro recebe e que são repassadas às Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal de Vitória.

“No Disque-Denúncia (181) não será diferente. Serão aproximadamente 13 posições de atendimento que ficarão vazias, sobrecarregando ainda mais os teleatendentes que permanecerem. E a população, que ajuda na elucidação de crimes, ficará muda em 540 ligações diárias”, disse Nilson.

Ao Sinttel-ES preocupa muito a situação dos trabalhadores, pois eles são contratados através de empresas terceirizadas. No Ciodes a empresa contratada é a Multlimp, e os empregados estão sujeitos ao rígido tratamento militar, recebendo ordens diretas de oficiais da PM. Também não recebem, por parte da Secretaria de Segurança Pública nenhum apoio psicológico para suportar a pressão e o stress dos pedidos de socorro em situações de extremo perigo e desespero.
No call center do Disque-Denúncia são em torno de 50 teleatendentes, empregados da empresa INACTU.

Tudo isso corrobora para o aumento das doenças ocupacionais, a pressão e o assédio moral dentro dos call centers e precariza o atendimento do Estado a todos os capixabas.

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