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Paciência tem limite!

Hallen/Vivo paga aluguel do carro e tíquete após greve de trabalhadores

27/04/2022 - 6h17 - Sinttel-ES - Tania Trento
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A Hallen Telecom  – contratada da Vivo no ES – enrolou seus empregados por mais de 20 dias, atrasando salários, aluguel dos carros agregados, tíquete alimentação, produtividade, férias e etc. Até o plano de saúde foi cancelado. A paciência e confiança dos trabalhadores na empresa se esgotou nesta terça-feira. Eles cruzaram os braços aqui no ES e no Rio de Janeiro.  No final da tarde os pagamentos foram feitos.

O Sinttel-ES forneceu um café da tarde para os trabalhadores de Vitoria, que paralisaram as atividades na Hallen

Hallen Telecom – contratada da Vivo no ES – vem descumprindo a convenção coletiva em várias cláusulas. Não é a primeira vez. Mas neste mês a situação passou dos limites da tolerância. Trabalhadores penaram desde o dia 7 de abril, o quinto dia útil do mês, sem os salários que deveriam ter sido depositados, o auxilio-alimentação que sairia no dia 10 e o aluguel dos carros no meio do mês.  E foi assim com o vale transporte e salários dos administrativos e férias de vários/as trabalhadores e trabalhadoras.

“Quem saiu de férias no início de abril ate agora não recebeu, disse o presidente do Sinttel-ES”, Nilson Hoffmann.

Os diretores do SINTTEL-ES, Reginaldo Biluca e Vanderlei Rodrigues acompanharam de perto a situação. Diversas reuniões foram realizadas com Marcelo Martins, diretor da empresa, que prometia os pagamentos, mas eles foram sendo feitos a conta-gotas. O Sindicato esteve reunido com os trabalhadores em diversas ocasiões.

Trabalhadores pararam também em Colatina, na região noroeste do ES

Primeiro, depositaram os salários dos instaladores e reparadores, depois dos técnicos de rede e administrativos que receberam após o dia 15 de abril. Mas ficou pra trás o tíquete, o aluguel dos carros, a produtividade, o vale transporte dos administritivos e as férias de vários empregados. O plano de saúde foi cancelado. A Hallen deve o FGTS de todos os empregados.

No Rio de Janeiro o tíquete foi depositado em pix e, mesno assim, com valores menores que o estipulado na CCT. Um lambança generalizada, desrespeito e muita enrolação, que vem se acumulando ao longo dos meses.

Lorota em cima de lorota

Em meio ao caos gerado na vida dos empregados, a Hallen apresentou um novo dono, que chegou com pompa, fazendo reunião em hotel de luxo, dizendo que ia resolver tudo. Resolveu? Nada.

A paciência dos trabalhadores extrapolou, pois passaram a páscoa e os feriados de carnaval sem grana e muitos relatam falta de comida, tendo que pedir dinheiro emprestado para suprir a dispensa.

Efeito cascata

A paralisação também teve adesão em Colatina 

A Hallen é uma prestadora de serviço sem lastro, sem reservas financeiras. O atraso do repasse da contratada (Vivo) que a empresa dizia ser a causa dos atrasos nos salários e nos benefícios faz com que os empregados também não consigam cumprir seus compromissos: contas de água, luz, internet, aluguel residencial, escola dos filhos, cartão de crédito, etc.

Quando a Hallen deposita o salário ela não atualiza o valor. Mas as contas atrasadas dos trabalhadores aumentam com juros e multas. E ainda tem uma inflação de 12% neste mês de abril que reduz o poder de compra dos trabalhadores frente à carestia dos supermercados.

É isso. No final é o trabalhador que paga a conta da irreponsbilidade da Vivo — que contrata uma empresa que não tem estrutura financeira para suportar uma emergência—  e também da Hallen que sabe das dificuldades e não se estrurura. Será que os gestores da Hallen também deixaram de pegar o pró-labore no final de março?

Outra pergunta que não quer calar: No próximo dia 06 de maio, o pagamento vai cair no dia certo?

A caminho do fim

O comportamento da Hallen nos remete a outras empresas que também tiveram a mesma trajetória, prejudicando centenas de trabalhadores e suas famílias.

No final do mês de março, as telefonistas terceirizadas da Caixa Econômica, sofreram um calote de uma empresa picareta chamada OUT PAR SERVICE. Durante os 13 meses de contrato com a CEF, somente em dois meses os salários e o tíquete foram pagos na data certa.

Todo mês o canal de Whats App do Sinttel recebia dezenas de reclamações da falta de pagamento. O SINTTEL interveio diversas vezes, inclusive ingressando com duas ações judiciais cobrando a multa estabelecida na Convenção Coletiva de trabalho, pelo atraso salarial.

O desfecho final  é que a empresa deixou o contrato sem pagar as verbas rescisórias, os salários do mês de fevereiro, férias e outros direitos de 119 telefonistas. O caminho depois de seis reuniões com a OUT PAR e a Caixa foi ingressar com uma ação judicial cobrando os prejuízos. Mas isso também é demorado, o que causa mais prejuízo.

Sindicalize-se. Proteja-se!

O Sinttel-ES acompanha de perto a situação da Hallen. Mas os trabalhadores precisam se antecipar para o pior.

Portanto, filiem-se ao Sindicato. Acessem a ficha de filiação que pode ser preenchida on-line. Assinem e enviem para o Sindicato pelo E-mail cadastro@sinttel-es.org.br

Isso dará mais agilidade se o SINTTEL tiver que ingressar com uma ação judicial coletiva para pagamento de direitos trabalhistas. E o Sindicato só podera representar os filiados.

Não perca tempo. Proteja-se!

 

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