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Porto de Santana

Grito dos Excluídos acontece pela primeira vez em Cariacica

04/09/2019 - 20h26 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Evento em 7 de setembro será no local onde atuou Padre Gabriel, cujo assassinato completa 30 anos em 2019


No ano em que se completam 30 anos do assassinato do padre Gabriel Maire, o Grito dos Excluídos de 2019 vai acontecer nos bairros de Porto Santana e Flexal, em Cariacica, local principal de atuação do religioso francês quando esteve no Espírito Santo. Será o terceiro ano consecutivo em que o Grito dos Excluídos capixaba acontece em bairros periféricos, já que em 2017 ocorreu na região do Território do Bem, em Vitória, e em 2018 na Grande Terra Vermelha, em Vila Velha.

O lema para este ano é “Este sistema não Vale”, reiterando as denúncias contra os crimes socioambientais que envolvem a empresa Vale, mas também ampliando a crítica a todo um modelo de desenvolvimento que coloca a vida em segundo plano em prol do aumento da lucratividade empresarial, mesmo que custe tragédias como as de Brumadinho e Mariana, esta, denunciada no Grito de 2016, quando os manifestantes estenderam uma imensa faixa marrom pela orla de Camburi representado a destruição do Rio Doce.

A organização nacional do evento, que conta com participação da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), aponta para uma conjuntura adversa para o povo mais empobrecido, com cerceamento de liberdades, perda de direitos conquistados, aumento do desemprego, retorno da fome e maior violência contra os setores populares. “Assim, o lema desta edição, mais uma vez, alerta para a insustentabilidade deste sistema. O Grito mantém sempre seu objetivo de defender a vida em primeiro lugar, anunciando a esperança de um mundo melhor e promovendo ações de denúncia dos males causados por este modelo econômico”, lembra o anúncio do evento.

Realizado nacionalmente desde 1995 por movimento religiosos e sociais, o Grito dos Excluídos acontece a cada 7 de setembro como forma de se contrapor às comemorações oficiais da Independência do Brasil, apontando para os problemas sociais e ambientais que persistem no país. “O Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar. O Grito é um processo, que compreende um tempo de preparação e pré-mobilização, seguido de compromissos concretos que dão continuidade às atividades”, afirma documento da coordenação nacional do ato.


Século Diário – Vitor Taveira domingo, 01 de setembro de 2019 Atualizado em: segunda, 02 de setembro de 2019, 16:09


Trabalhadores vão às ruas no dia 7 de setembro gritar por soberania e direitos

Mobilização é em conjunto com o 25º Grito dos Excluídos, que acontece em todos os estados brasileiros e em mais de 130 cidades. Mapa interativo do #7S é atualizado o tempo todo. Confira!

 Neste 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, os trabalhadores e as trabalhadoras do país, unidos e  engajados com milhares de movimentos sociais, vão fortalecer o grito por direitos e pela soberania, que estão sendo destruídos pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).

A classe trabalhadora, convocada pela CUT e outras centrais, vai se juntar as mobilizações do 25º Grito dos Excluídos “Vida em primeiro lugar! Este sistema não vale: Lutamos por justiça, direitos e liberdade” que acontece em mais de 130 cidades e em todos os estados. [Confira no mapa interativo no final da matéria os locais dos atos marcados].

“Um sistema que entrega o patrimônio público, as estatais, os bancos, a Embraer, o Pré-sal, a Amazônia e o sonho do povo de ter um país com soberania não serve para a classe trabalhadora”, afirma o Secretário-Geral da CUT, Sergio Nobre.

Para o dirigente lutar pela soberania e direitos no Dia da Independência do país é muito simbólico e fundamental ara denunciar este governo que bate continência para a bandeira americana e destrói a vida dos que vivem no país.

“Nunca foi tão escandalosa a subordinação do Brasil como agora com um presidente que bate continência para a bandeira americana e representa a subordinação aos interesses dos Estados Unidos e isso não é bom para nenhum brasileiro, principalmente os excluídos de emprego, de diretos e das riquezas deste país”, ressalta Sergio.

Na avaliação dele, o Brasil tem que ser inserido na globalização de forma autônoma, com desenvolvimento social e econômico justo e, para isso, é preciso continuar na luta tanto no dia 7 quanto no dia 20, dia nacional de luta.

“Os sindicatos filiados a CUT e a esquerda brasileira precisam ir para as ruas no dia 7 para mostrarmos que o Brasil é uma grande nação independente e também para preparar e fortalecer a mobilização nacional em defesa da educação, do patrimônio público, da Amazônia e do emprego no dia 20 de setembro, também em todo pais”, concluiu o Secretário-Geral da CUT, Sergio Nobre.

25º Grito dos Excluídos e a reforma da Previdência

Com o objetivo de defender a vida em primeiro lugar, o Grito dos Excluídos está em sua 25º edição e anuncia a esperança de um mundo melhor e promove ações de denúncias dos males causados por este modelo econômico. O Grito alerta para insustentabilidade deste sistema: “Este sistema não vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”.

Daiane Hohn da coordenação nacional do Grito dos Excluídos falou sobre os 25 anos da articulação do Grito em defesa da classe oprimida e pontuou a construção desta edição na coletiva de imprensa da atividade, na sede da CNBB em São Paulo, na tarde desta terça-feira (3).

“Começamos o ano com um crime, reincidente, em Brumadinho, e agora vemos as queimadas na Amazônia. São nove meses passando por notícias que comprovam que este sistema não vale e por isso convidamos toda a população a dar um grito de independência por democracia, soberania, contra a retirada de direitos e pelo direito à vida”, afirma Daiane.

Na coletiva de imprensa do Grito o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani criticou o sistema que não serve e afirmou que é um sistema que promove a morte e não a vida. Além disso, o professor também disse que o Grito pode ser mais um espaço para a mobilização contra a reforma da Previdência, porque é uma medida que vai excluir milhares de pessoas ao direito de ter acesso a uma  aposentaria digna.

“A PEC 006 da previdência quando veio do governo era pior que o texto de hoje e com luta dos trabalhadores foi possível retirar o aumento gradativo da idade mínima relacionada com a expectativa de vida para conseguir o benefício, tirou também o cancelamento dos reajustes da aposentadoria pelo salário mínimo, os trabalhadores rurais iam ter uma aposentadoria igual aos urbanos e também foi retirado”, informou o professor, que complementou: “Ainda dá tempo de virar o jogo e só com uma forte mobilização e com a forte atuação do movimento sindical será possível barrar esta proposta”.

Fagnani disse que este governo ainda não desistiu de desconstitucionalizar a Previdência com lei ordinária, um jeito mais fácil de conseguir tirar direitos.

“Apesar das retiradas de alguns pontos do texto, a reforma ainda é excludente e este governo não desistiu de lançar a capitalização. E é por isso que temos que continuar a pressão no Congresso Nacional, onde os senadores moram e chamar audiências públicas para ouvir o que as pessoas estão fazendo sobre o tema. O jogo não acabou e ainda tem como evitar esta tragédia no Senado”, concluiu o professor.

 Veja o mapa interativo das mobilizações neste 7 de setembro

 Publicado: 04 Setembro, 2019 – 08h06 | Última modificação: 04 Setembro, 2019 – 08h48

Escrito por: Érica Aragão no site da CUT

 

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