Arraiá da demissão
Última atualização em 13/07/2023 – às 13h
Um clima pesado, de muita indignação e repúdio tomou conta dos trabalhadores e trabalhadoras na Telefónica Vivo nesta quarta-feira 12 de julho, durante um café da manhã coletivo.
A gerência convocou os “colaboradores” para um café da manhã julhino, na sede da empresa, no bairro Mata da Praia, em Vitória. Todos deveriam levar um prato de comída típica de festas juninas pois haveria confraternização.
Tudo transcorria bem, até que, o clima de alegria se transformou em tristeza, revolta e insegurança.
Tratamento desumano
Enquanto saboreavam os quitutes, dois trabalhadores, um de cada vez, foram convidados à sala da gerência e sumariamente demitidos.
Ao saírem das salas cabisbaixos e sem entender tamanho desrepeito diante do comportamento abusivo, imprópio e reprovável de um gerente, os colegas sacaram a situação.
O que era alegria virou um climão de aflição e angústia. O desrepeito à dignidade dos trabalhadores foi repudiado por todos, até porque para ser demitido deve haver respeito.
Imediatamente, o diretor do Sinttel, Reginaldo Biluca, passou a receber ligações e reclamações dos trabalhadores que estavam na malfadada confraternização, denunciando a atitude do gerente.
O diretor do Sinttel, que trabalha na Vivo e que estava na reunião, Juliano Santos de Oliveira, também foi questionado pelos colegas sobre qual seria a posição do Sindicato.
Um outro trabalhador de Guarapari, que faltou à confraternização, foi também demitido.
Reunião no Sinttel
Nesta quinta-feira (13), pela manhã, o gerente de relações trabalhistas da Telefônica Vivo no Brasil, Márcio Afonso estará na Sede do Sinttel, no centro de Vitória.
Ele visitará o sindicato, o que tem feito em todos os Estados. O objetivo da gerência de relações trabalhistas é conhecer os sindicalistas e ampliar o espaço de negociação da Telefónica Vivo com seus trabalhadores.
Aproveitando a visita, o Sinttel não se furtará em tratar diretamente com Márcio Afonso as denúncias recebidas, exigindo que a Telefónica Vivo se posicione quanto à atitude do gerente que constrangeu e humilhou os trabalhadores diante dos colegas de trabalho e numa confratenização.
O Sinttel tem 53 anos de existência. Nem nos anos de chumbo da ditadura e nem durante a privatização das telecomunicações no Brasil, em que milhares de trabalhadores foram demitidos, houve tamanho desrepeito e desumanidade.