Solidariedade e Esperança Coletiva
Estão em Bogotá trabalhadores e dirigentes de todos os países das Américas, representantes de organismos sindicais dos setores de Serviços (Tecnologia, Finanças, Telecomunicações e etc.). A Federação LiVRE de Trabalhadores em Telecom (foto) está representada pelo seu presidente Luiz Antônio Souza da Silva (Sinttel-Rio) e pelos dirigentes Nilson Hoffmann e Reginaldo Biluca (Sinttel-ES); Laci da Matta (Sinttel-AM); Evaniel Medeiros (Sinttel-RO); Cintia Matias, Juliana Ferreira da Silva, Anchieta Couto e José Lamartine de Vasconcelos (Sinttel-PE) e Iêda Paura (Sinttel-Rio).
A UNI Américas é uma voz para os trabalhadores no setor de serviços das Américas. Ela atua para construir lideranças e poder para todos os trabalhadores, do Alasca à Argentina. No local de trabalho, nas mesas de negociação e nas ruas, a regional nas Américas do Sindicato Mundial Uni Global Union, congrega 170 sindicatos filiados objetivando transformar o movimento trabalhista.
Acordo Global América Móvil (Claro)
Na manhã do dia 8, aconteceu uma reunião com representantes da América Móvil, empresa mexicana de telecomunicações, liderada pela família do empresário Carlos Slim, com operações em vários países das Américas. É uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo. No Brasil, controla a Claro, que incorporou a Embratel e a Net, formando a Claro S.A. O objetivo é pressionar a empresa a fazer um acordo coletivo global, que possa abranger de formas iguais todos os trabalhadores diretos e terceirizados, tanto de serviços como de teleatendimento, que são os mais precarizados.
Na ocasião, Luiz Antônio fez uma análise geral da empresa, apresentando sua configuração nos estados, o número de trabalhadores e como ela se comporta na negociação coletiva com os sindicatos. Ele evidenciou os três acordos coletivos que a Federação LiVRE tem com a Claro: o de trabalho com 98 cláusulas sociais, econômicas e de condições de trabalho; o de Participação nos Lucros e Resultados (PPR) que estabelece prêmios no mesmo patamar das demais concorrentes, e o de regime Home Office.
Luiz Antônio destaca que estes acordos são “Uma conquista significativa dos trabalhadores brasileiros porque em muitos países, onde o grupo Claro atua, a empresa não dá a menor pelota para os sindicatos e muitos menos atende reivindicações dos empregados”, disse o presidente.
Para Luiz, os maiores problemas a serem enfrentados na Claro são com os trabalhadores terceirizados e de teleatendimento, devido à insuportável precarização, principalmente nos baixos salários. Para ele, um acordo global, com regras negociadas poderia ser um saída estratégica para o Grupo que enfrenta muitos problemas trabalhistas no Brasil.
A 7ª Conferência traçará um plano de ação para promover a solidariedade regional e movimentos que traga dignidade aos trabalhadores terceirizados nas empresas multinacionais.
A Uni Américas alerta para a ascensão da extrema-direita, a crise da democracia, com um crescente descontentamento com as instituições políticas e sociais estabelecidas. A perda de confiança nas elites tradicionais, o aumento da desigualdade social e econômica, e a disseminação de informações falsas e polarização que fortalecem regimes autoritários e antidemocráticos.
A UNI Américas é uma plataforma vital para os sindicatos lutarem para reduzir os altos níveis de desigualdade social, bem como em eliminar as disparidades salariais de gênero e raça que prejudicam as oportunidades econômicas da classe trabalhadora.