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Embratel nega que haja “hora de sobreaviso” nas áreas técnicas

22/08/2011 - 9h22 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Depois de diversas reuniões com a Comissão de Negociação da Fenattel, que representa 22 sindicatos de trabalhadores em Telecomunicações, a Embratel resolveu passar por cima da lei e negar a existência de “Sobreaviso”.

A empresa simplesmente afirmou que não existem trabalhadores à disposição das chefias nas empresas do grupo, com exceção da área jurídica e da Primeys.

A pergunta que não quer calar: os empregados que, atualmente compõem listas diversas, espalhadas pelos setores técnicos e de atendimento em quase todos os Estados, e que estão sendo acionados para trabalho nas madrugadas e feriados não estão de sobreaviso?

Chega de mentiras e enrolação!

O absurdo é tão grande que, hoje, a Embratel reconhece o sobreaviso na área administrativa e não reconhece nas áreas técnicas.Como, uma empresa de prestação de serviço de telecomunicações, que tem obrigação de atendimento 24 horas, não tem plantão em diversos setores estratégicos ou uma escala de sobreaviso, consegue cumprir sua missão?

Nesse “angu tem caroço”

Quando os empregados (principalmente da área técnica), há alguns anos, aceitaram o telefone celular da Embratel ficaram obrigados a atender ao chamado do chefe, a qualquer hora. Porém, a empresa só concedeu celular para aqueles que ela precisa chamar para algum atendimento, eliminando o pagamento de hora de sobreaviso.

29 de agosto: dia nacional de luta pelo pagamento da hora de sobreaviso

A Embratel escolheu o pior caminho, o de tentar impor sua própria lei, “ a lei do cão” e desrespeita trabalhadores até mesmo em reuniões nos Estados. A empresa preferiu desafiar a todos. E a Comissão de Negociação da Fenattel resolveu aceitar e ir à luta. No dia 29 de agosto, os 22 sindicatos filiados à Federação Nacional convocam os trabalhadores que ficam de sobreaviso para:

Um dia sem atender ao celular da Embratel

Com carros de som na porta da empresa, denúncias da sonegação desse direito à sociedade, os sintteis convocam os empregados – que ficam de sobreaviso – a não atenderem os celulares da empresa, por 24 horas! Só a nossa união vai fazer com que a empresa respeite o direito dos técnicos que ficam à disposição da Embratel. Vamos fazer pressão para a empresa começar a pagar a hora de sobreaviso.

O que a Embratel alega para não pagar?

O principal argumento da Embratel é que o empregado agora tem mobilidade; não precisaria ficar preso em casa esperando o chamado do chefe ou da empresa.Outra explicação da empresa é que o empregado não é obrigado a atender ao celular. “Quando eles chamam um técnico e este não atender, o chefe ligará para outro. A lista que existe em todos os setores é só para identificar os empregados com capacidade de intervenção em determinado serviço”.

Empresa tenta iludir, mas a realidade é outra e fala mais alto

A empresa fala de um jeito que parece que nem ela conhece o seu funcionamento. Vamos dar alguns exemplos, quem sabe a Embratel aprenda o que é so-bre-a-vi-so:

— Um técnico que atende sozinho uma região (são muitos e algumas regiões enormes) toda a intervenção é sempre ele que faz, não há a alternativa de chamar outro empregado como alega a Embratel. E ai dele senão atender!

— O técnico fica moralmente obrigado a atender seu superior e não importa se está cansado, se está dormindo, se a filha está doente, se a esposa está hospitalizada, se naquela região ele é o único. O chamado deve ser atendido.Não atenda ao celular por 24 horas!

Diante da intransigência da empresa não há mais condições de pautar este assunto nas reuniões, pois vai continuar com enrolação.Os companheiros envolvidos nestas escalas espúrias já estão indignados e não suportam mais serem desrespeitados pela Embratel.

Parece-nos que a linguagem que é ouvida pela empresa não é a do consenso e da negociação, portanto não resta alternativa para os empregados terem os seus direitos respeitados.

Dia nacional de luta: 29 de agosto. Ninguém atenderá ao celular

A Fenattel e os sindicatos filiados em todo o Brasil vão denunciar a prática da Embratel à sociedade. Vamos fazer pressão para a empresa começar a pagar o sobreaviso.

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