São Paulo – Com dois anos negativos seguidos, o total de empresas em atividade no país somou 5 milhões em 2017, pior resultado desde 2010 (5,1 milhões), segundo pesquisa do IBGE divulgada hoje (26). “Vemos que houve redução importante nos últimos anos e está difícil para as empresas se estabelecerem e gerarem empregos. Por isso, tanto em número de empresas como em pessoal assalariado, estamos em um patamar do início da década passada”, afirmou a analista do instituto Denise Guichard. Os dados, do Cadastro Central de Empresas (Cempre), inclui organizações da administração pública e entidades sem fins lucrativos.
De acordo com o IBGE, de 2007 a 2013 houve crescimento contínuo no número de empresas, que foi de 4,4 milhões para 5,4 milhões. Mas houve redução de quase 289 mil em 2014, ligeiro aumento (11,6 mil) em 2015 e diminuição nos dois anos seguintes, de 64,4 mil e 21,5 mil, respectivamente.
Também houve crescimento do emprego: de 2007 a 2014, foram abertos 11,6 milhões de postos de trabalho formais, somando 48,3 milhões, maior número da série histórica do instituto. Em 2015 e 2016, foram perdidos 3,7 milhões de vagas, com leve alta (550,7 mil) em 2017. O total agora é de 45,1 milhões. Assim, são 3 milhões a menos em três anos.
A pesquisa mostra ainda crescimento da participação das mulheres entre os ocupados – de 41,9% do total em 2009 para 44,6% em 2017. Agora, são 25 milhões de homens e 20,1 milhões de mulheres. A analista do IBGE observou que o emprego tem crescido mais onde há predominância de mão de obra feminina, casos das áreas de saúde humana e serviços sociais e educação.
Com isso, diminuiu a desigualdade salarial entre homens e mulheres, de 25% para 20,7%. A média salarial dos homens era de R$ 3.086,00, enquanto elas recebiam R$ 2.555,84.
A participação dos ocupados com nível superior também subiu, de 16,5% para 22,6%. Eles foram de 6,6 milhões para 10,2 milhões. Esse grupo recebia em média R$ 5.832,38, enquanto os empregados sem nível superior tinham ganho de R$ 1.971,82.
Os 45,1 milhões de assalariados receberam em 2017 um total de R$ 1,7 trilhão em salários e outros tipos de remuneração. O estado de São Paulo concentrava 28% dos ocupados e 32% dos rendimentos.