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Dieese: aumentar a competitividade é a saída para baixo crescimento industrial

16/01/2015 - 15h09 - Sinttel-ES - Tania Trento
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Coordenador do instituto defende estímulos para que as pequenas e médias empresas possam se modernizar e competir com produtos importados. Expectativa é de que tenha havido queda de até 3,5% na produção da indústria de transformação em 2014.

 

São Paulo – O coordenador de atendimento sindical do Dieese, Airton Santos, em comentário à Rádio Brasil Atual hoje (15), afirma que os números da pesquisa do IBGE sobre a indústria, que retrata queda na produção em sete das 14 regiões pesquisadas, são preocupantes. Os dados referem-se a novembro, em comparação com outubro, e mostram recuo de 0,7% ante o mês anterior e de 5,8% na comparação com novembro de 2013.

Para Santos, são especialmente preocupantes os números relativos à indústria de transformação. A expectativa, segundo ele, é que quando houver o fechamento do índice anualizado, o setor de transformação feche com recuo entre 3% e 3,5%. As estatísticas também apontam queda de 15% no setor automobilístico e de 16% para máquinas e equipamentos.

“A indústria de máquinas e equipamento serve de termômetro para os outros setores, pois quando cai é porque as outras indústrias não estão indo bem e não encomendam novos maquinários”, analisa o coordenador do Dieese.

“Além do baixo crescimento interno, a situação econômica de nossos principais parceiros comerciais também não é boa”, frisa Airton, citando Argentina e Venezuela como exemplos de países que enfrentam dificuldades e reduziram a demanda por produtos industriais brasileiros.

Para o técnico, uma das saídas para tal cenário é a adoção de medidas visando a dinamizar a pequena e média indústria, como o acesso facilitado ao crédito, para que possam modernizar seus parques industriais, o que contribuiria para a melhora na competitividade e, de quebra, estimularia o setor de máquinas e equipamentos.

Com maior produtividade e menores custos, a indústria nacional retomaria condições de competir, inclusive, com os produtos importados. “Precisamos dinamizar a nossa indústria para concorrer lá fora e a proteger da competição internacional por aqui. Proteger da competição externa não é criar barreiras às importações. Pelo contrario, é aumentar nossa capacidade de produção”, afirma Santos.

(Rede Brasil Atual 15/01/2015)

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